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O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou nesta sexta-feira (28) que os “críticos” à candidatura de Edinho Silva à presidência do PT dizem que os “mensaleiros” querem retomar a vida política e voltar ao partido, mas ele e outros petistas investigados no Mensalão “nunca” saíram da legenda.
“Alguns dos nossos críticos da candidatura do Edinho [Silva] dizem que 'os mensaleiros querem voltar'. Primeiro, eu nunca saí, nem o Delúbio [Soares], nem o Vaccari [Neto], nem o João Paulo [Cunha]. Nós nunca saímos”, disse o ex-ministro durante uma reunião com integrantes do PT, que o aplaudiram. O vídeo com o trecho da declaração de José Dirceu foi divulgado pelo Estadão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dirceu defendem a candidatura de Edinho Silva, que é ex-prefeito de Araraquara (SP). Em 2005, o ex-ministro teve o mandato cassado devido ao escândalo do Mensalão. Ele foi preso em 2013 por ser considerado um dos líderes do esquema de compra de apoio parlamentar para projetos do governo no Congresso entre 2003 e 2004.
No entanto, em 2016, a pena de 7 anos e 11 meses de Dirceu foi anulada pelo atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Em outubro de 2024, o ministro Gilmar Mendes anulou todos os atos processuais da Lava Jato contra o ex-ministro.
“Eu disse, e alguns me criticaram por dizer, que até por justiça, eu mereço voltar ao Congresso Nacional. Eu fui cassado por ter sido chefe do mensalão. O Roberto Jefferson foi cassado porque não provou o que era o mensalão. E o Supremo me absolveu de formação de quadrilha”, disse José Dirceu em entrevista à Band em julho do ano passado.
O ex-ministro classificou o Mensalão como a “primeira grande fake news do Brasil”. Com as decisões favoráveis, ele cogita disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026. “Você está com cara de candidato a deputado”, disse Lula a Dirceu durante a festa de aniversário de Marta Suplicy, realizada no último dia 14, em São Paulo.
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