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Arthur Lira
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira afirma que o grupo de partidos do centrão é o que dá sustentação a governos.| Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a articulação política de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que a composição da Esplanada dos Ministérios está “desequilibrada” na comparação com o tamanho das bancadas dos partidos na casa.

Ele defendeu um semipresidencialismo de coalizão em que o presidente dividiria o poder com o Congresso através de um primeiro-ministro, e afirmou que são os partidos do centrão que dão sustentação aos governos.

“Muitos falavam assim: ‘o deputado Arthur Lira é sustentáculo do governo Bolsonaro, é quem dá apoio’. Mas qual era o ministério que a gente tinha no governo Bolsonaro: qual espaço? Nunca prezei por isso. Muitas vezes falam que Lira quer a Saúde, o Centrão quer aquilo. É importante dizer que, se o Brasil não tivesse Centrão, seria uma Argentina’, disse em entrevista à rádio Mix FM de Maceió, na segunda (7).

Lira lembrou que seu partido, o PP, ocupou cargos ministeriais durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo a liderança da Casa Civil nas mãos de Ciro Nogueira. Já sob a administração de Lula, a legenda tenta, entre outros, o Ministério do Desenvolvimento Social, indicando o deputado André Fufuca (PP-MA).

Arthur Lira também apontou um desequilíbrio na composição ministerial de Lula, de que há mais espaço para senadores do que deputados. De acordo com ele, partidos com pouca representatividade tem mais ministérios do que as maiores bancadas.

“Ele [Lula] não balanceou Câmara e Senado. Tem bastante Senado nos ministérios e pouca Câmara. Há partidos com 30 deputados que têm ministérios, e há partidos com 50 que não têm nenhum ministério. Se o critério do governo é acomodação de partidos na Esplanada, está desequilibrado”, disparou.

O presidente da Câmara dos Deputados afirmou, ainda, que é contra “esse governo de coalizão” e que sempre defendeu o semipresidencialismo, com um presidente exercendo o papel de chefe de Estado e um primeiro-ministro votado pelo Congresso, que seria o chefe de governo.

Há uma proposta de emenda à constituição que versa sobre isso, mas que nunca avançou na Câmara. “Muitas vezes o Congresso vota matérias sem a responsabilidade de saber os impactos dela. Quando você participa das decisões da administração, você vai forçar que sejam mais pensadas”, completou.

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