Presidentes da República e do STF, respectivamente, acertam que governo responderá acusações de Trump sobre Bolsonaro.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Luís Roberto Barroso, que preside o Supremo Tribunal Federal (STF), decidiram que a resposta às acusações de Donald Trump de perseguição política a Jair Bolsonaro (PL) será através do governo, e não do Judiciário.

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A decisão ocorreu na quarta (9) pouco depois de Trump impor uma taxação de 50% sobre os produtos brasileiros por, entre outros motivos, o processo judicial contra Bolsonaro por uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Lula e Barroso conversaram que a resposta a Trump deve ter caráter político e que o STF não deve se pronunciar neste momento. "Acertaram que a resposta ao presidente Trump seria feita pelas vias política e diplomática", confirmou a Corte à Gazeta do Povo.

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Pouco depois, Lula se reuniu com ministros para definir como o governo vai reagir às alegações de Trump. Entre elas, um comunicado assinado pelo presidente afirmou que o país não vai aceitar uma suposta interferência.

“O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, disse o presidente.

Além da reunião de quarta (9), Lula se encontrou novamente com ministros nesta quinta (10) para decidir como será a resposta a Trump. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também passou a manhã reunido com assessores para definir uma estratégia técnica de reciprocidade.

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A carta de Trump acusa o Brasil de promover uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, descrevendo a situação como “uma vergonha” e exigindo que o processo judicial contra o ex-presidente seja encerrado.

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“O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de Estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”, rebateu Lula.

O Palácio do Planalto divulgou nota reafirmando que o processo judicial que envolve Bolsonaro é responsabilidade exclusiva da Justiça brasileira. Portanto, diz, “não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”.

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