O presidente Lula e o Itamaraty têm sido duramente criticados nas redes sociais por tratar o assassinato do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer como “falecimento”. Ranani é um dos brasileiros mortos pelo grupo terrorista Hamas durante os ataques a Israel.
O governo Lula tem se valido da alegação de "neutralidade" para justificar a negativa em classificar o Hamas como terrorista.
Mais cedo, ao confirmar a morte de Ranani sem citar o Hamas, o Ministério das Relações Exteriores expressou “profundo pesar” pelo “falecimento” do brasileiro, que era natural do Rio Grande do Sul.
Na mesma linha, o presidente Lula foi às redes sociais prestar solidariedade à família de Ranani pelo “falecimento” do brasileiro.
A publicação do comunicado do Itamaraty na rede social X foi checada pelos usuários e passou a exibir uma nota dos leitores informando que, na verdade, “Ranani Glazer foi assassinado pelo grupo terrorista Hamas”.
Em pouco mais de seis horas, a publicação teve 2,2 milhões de visualizações. Após as críticas, o Itamaraty bloqueou os comentários.
A comentar na publicação do presidente Lula, o deputado Gil Diniz (PL-SP) disse que “Ranani foi brutalmente e covardemente assassinado pelo grupo terrorista Hamas” e completou: “Esta triste e cruel página na história da humanidade ficará marcada não somente pela barbárie promovida pelo Hamas mas também por todos que se recusaram a condená-los nominalmente”.
O fundador e ex-presidente do Partido Novo, João Amoedo, compartilhou o comunicado do Itamaraty com a seguinte mensagem: “Não foi um ‘falecimento’, foi o assassinato de um jovem pelo grupo terrorista Hamas”.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também questionou o governo.
“Falecimento?? O Itamaraty não consegue condenar o terrorismo que assassinou um brasileiro?”, escreveu o parlamentar em seu perfil na rede social X.
Vale lembrar que o Hamas parabenizou Lula pela vitória na eleição do ano passado. Na ocasião, Basim Naim, membro do Bureau Político do Hamas, chamou Lula de “lutador pela liberdade”
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