Ouça este conteúdo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma medida provisória publicada nesta quinta (17) que libera R$ 27,4 milhões ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reforçar o aparato de segurança do edifício-sede em Brasília.
Os recursos foram pedidos pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, após o atentado ocorrido em novembro do ano passado em frente ao prédio na Praça dos Três Poderes, em que um homem atirou artefatos explosivos. O “crédito extraordinário” é justificado para aplicação no “programa de gestão e manutenção do Poder Judiciário”, como a “apreciação e julgamento de causas” (veja na íntegra).
O crédito extraordinário foi autorizado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, assinado também pela ministra Simone Tebet. A Gazeta do Povo pediu mais explicações à pasta e ao STF e aguarda retorno.
Segundo apurações do G1 e da CNN Brasil, Barroso pediu os recursos “pela necessidade de reforço do efetivo de policiais judiciais e de aquisição de equipamentos para mitigar os riscos à segurança do STF”.
Os recursos serão utilizados para:
- nomeação de 40 agentes para a Polícia Judicial, que faz a segurança no STF - R$ 7 milhões;
- equipamentos antidrone - R$ 12 milhões;
- um drone autônomo - R$ 150 mil;
- duas câmeras termais - R$ 120 mil;
- 10 pinos hidráulicos para estabelecimento de um perímetro de segurança - R$ 1,2 milhão;
- três guaritas - R$ 30 mil;
- um espectrômetro de massa - R$ 95 mil;
- 60 mil munições de treino - R$ 360 mil;
- 19 conjuntos de aparelhos de raio-X e de detecção de metais - R$ 5,7 milhões;
- licença de um software de segurança - R$ 221,8 mil;
- 70 rádios comunicadores - R$ 425 mil;
- 75 coldres e porta carregadores - R$ 56 mil.
No dia 13 de novembro do ano passado, duas explosões foram registradas nas proximidades do STF em frente ao prédio e no estacionamento do anexo 4 da Câmara dos Deputados. Um homem apontado como o autor dos atentados morreu em decorrência da ação dos artefatos.
Nos dias seguintes às explosões, as investigações indicaram que ele agiu sozinho, porém com conotações políticas. A ex-companheira dele afirmou à Polícia Federal que ele pretendia matar o ministro Alexandre de Moraes “e quem mais estivesse junto na hora do atentado”.
Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, era morador da cidade catarinense de Rio do Sul (SC) e teria viajado ao Distrito Federal para cometer o atentado.
VEJA TAMBÉM: