O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que pode apoiar o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que preside o Congresso Nacional, na sucessão ao governo de Minas Gerais contra um candidato apoiado por Romeu Zema (Novo).
Pacheco vem trabalhando desde o ano passado para encontrar uma solução para a dívida de R$ 165 bilhões do estado com a União, em paralelo ao que a Assembleia Legislativa mineira discute. Entre as opções está a federalização de algumas estatais para abater parte dos débitos.
Apesar de evitar comentários definitivos sobre o cenário eleitoral futuro, Lula não descartou a possibilidade de apoiar Pacheco.
“Nem o cenário de candidato a prefeito em 2024 está consolidado, imagina o de governadores daqui a dois anos. Mas claro que o presidente do Senado é um grande nome, teve uma atuação importante na defesa da democracia”, afirmou Lula em entrevista ao jornal O Tempo publicada nesta quinta (27).
Apesar de negar publicamente a possibilidade de concorrer ao governo mineiro, Pacheco é amplamente considerado nos bastidores como um candidato potencial ao Palácio Tiradentes. Ele é apontado como o favorito para receber o apoio de Lula, em oposição a candidatos ligados a Zema e aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No fim de 2023, Pacheco afirmou que Lula teria discutido com ele a disputa em Minas Gerais e expressou interesse em tê-lo como candidato. O senador ressaltou a forte relação entre PT e PSD no estado, sugerindo que o partido deve apoiar uma eventual reeleição de Lula.
Nos últimos meses, Pacheco se contrapôs a Zema, que inicialmente apresentou o Regime de Recuperação Fiscal à Assembleia Legislativa, propondo um plano alternativo que está sendo considerado pelo Ministério da Fazenda e deverá ser debatido no Congresso nas próximas semanas.
Em outro trecho da entrevista, Lula criticou Zema mencionando que, desde 2019, Minas Gerais não paga a dívida com a União devido a uma liminar concedida pela Justiça ao ex-governador Fernando Pimentel (PT-MG).
“Desde o início de seu primeiro mandato, o governador Romeu Zema foi beneficiado por uma liminar que o permitiu não pagar as parcelas da dívida. Em todo este tempo, o governador não precisou pagar as parcelas e, mesmo assim, a dívida subiu de pouco mais de R$ 100 bilhões para cerca de R$ 170 bilhões”, pontuou o presidente.
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