Após o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), virar alvo de inquéritos no Brasil depois de questionar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, sobre a censura imposta a perfis no Twitter, lideranças políticas lançaram um manifesto pela Liberdade de Expressão com o objetivo alertar a comunidade internacional sobre a situação do Brasil.
A iniciativa é liderada pelo deputado estadual, Felipe Camozzato (Novo-RS), pelo deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) e pelo advogado e vice-prefeito de Porto Alegre (RS), Ricardo Gomes (sem partido-RS). Subscrevem o manifesto lideranças de entidades sociais, políticos, jornalistas e operadores do direito.
Em nota enviada à Gazeta do Povo, nesta segunda-feira (8), o grupo informou que os autores do manifesto conversaram com o jornalista norte-americano Michael Shellenberger, responsável por revelar os “Twitter Files Brazil”.
Trata-se da divulgação de uma nova série de documentos internos do Twitter envolvendo as tratativas da rede social com autoridades e personalidades brasileiras que revelam que o TSE, além de parlamentares e do Ministério Público, buscaram violar o Marco Civil e “direitos constitucionais” dos cidadãos brasileiros, segundo os próprios consultores jurídicos da empresa, para fazer pesca probatória e coletar dados em massa de usuários que postaram determinadas hashtags.
“Em segredo, o Supremo Tribunal Federal tentou censurar legisladores, parar a publicação de notícias que foram consideradas impróprias para o público, ameaçou processar funcionários do X/Twitter e interferir na opinião pública durante períodos eleitorais. O Brasil está enfrentando um grave abuso de autoridade, pelas mãos do juiz Alexandre de Moraes. No entanto, ontem, Elon Musk se levantou para lutar contra a censura, e foi recebido com mais ameaças e a possibilidade do X/Twitter ser fechado no Brasil. Agora precisamos de você. Precisamos da sua voz. Precisamos do apoio da comunidade internacional à nossa liberdade de expressão. Simples e direto”, diz um trecho do manifesto que pode ser assinado através da plataforma de petições on-line Change.org.
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