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Michelle Bolsonaro
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro teria agenda de segunda a sexta-feira nos Estados Unidos, mas cancelou em razão “dos acontecimentos no país”.| Foto: Isac Nobrega/PR

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro cancelou nesta segunda-feira (12) a turnê “Encontro de Mulheres Protagonistas” que faria nos Estados Unidos, além de visitas a igrejas evangélicas em território americano, acompanhada da senadora Damares Alves (Republicanos-DF). O cancelamento ocorreu dias após a Polícia Federal (PF) ter deflagrado na quinta-feira (8) a operação Tempus Veritatis, autorizada pelo ministro Alexandre de Moares, do Supremo Tribunal Federal (STF), para investigar Jair Bolsonaro (PL) e aliados próximos do ex-presidente sobre suposta orquestração de golpe de Estado. Inicialmente, ela afirmou que manteria a agenda internacional apesar das ações de busca e apreensão contra o marido, que está impedido de sair do país.

Ao confirmar que Michelle havia cancelado a viagem, Damares ressaltou a partir de Miami (EUA) que “todos estão acompanhando o que está acontecendo no Brasil”. A ex-primeira-dama teria compromissos nos Estados Unidos entre segunda-feira (12) e sexta-feira (16). Ela iria palestrar em templos de Orlando e Pompano Beach, na Flórida, Atlanta, na Geórgia, e Boston, em Massachusetts. "Era mais fácil para eu ter ficado lá. O meu Distrito Federal também está passando por grandes problemas nestes dias (fortes chuvas e epidemia de dengue), mas decidi vir, porque é neste momento que precisamos fortalecer o movimento conservador dentro e fora do Brasil”, disse Damares no perfil oficial do “Encontro de Mulheres Protagonistas” no Instagram.

A Tempus Veritatis cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Bolsonaro teve o seu passaporte apreendido. Michelle não foi alvo da investigação. A oposição considera a operação da PF uma perseguição e reflexo de uma aliança entre Judiciário e Executivo para impor prejuízos à estratégia do PL em ano eleitoral. Em pesquisas de opinião esta semana sobre a sucessão do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, a ex-primeira-dama figurou como o nome de maior destaque da oposição.

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