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O ex-deputado Roberto Jefferson
O ex-deputado pelo PTB, Roberto Jefferson.| Foto: Weleson Nascimento/Divulgação PTB

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão em flagrante do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) para prisão preventiva. A decisão foi dada na quarta-feira (26). Jefferson foi indiciado por quatro tentativas de homicídio qualificado pela Polícia Federal.

De acordo com Moraes, a medida é necessária para “garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal”. “[...] A manutenção da restrição da liberdade do preso, com a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, é a única medida capaz de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal. A mera posse, ainda que em sua residência, de um verdadeiro arsenal militar, covardemente utilizado contra uma equipe da Polícia Federal, se revela ainda mais grave pois, em decisão de 23/8/2021, nos autos desta Pet 9.844/DF, foi determinada a suspensão de todos os portes de arma em nome do preso, com notificação da Polícia Federal e do Exército Brasileiro”, afirmou o ministro na decisão.

O ex-deputado atirou e jogou granadas na direção de agentes da Polícia Federal em Comendador Levy Gasparian, no interior do estado do Rio de Janeiro, neste domingo (23). Eles cumpriam um mandado de prisão determinado por Moraes por descumprimento de medidas cautelares, o que resultou na perda do direito à prisão domiciliar. Estilhaços dos artefatos usados por Jefferson atingiram o delegado Marcelo Vilella, na cabeça e na perna, e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, de 31 anos, ferida na cabeça. Eles ficaram feridos sem gravidade. Os dois foram atendidos em um hospital em Três Rios (RJ), cidade vizinha ao município de Comendador Levy Gasparian, e tiveram alta ainda no domingo.

Após o episódio, Moraes expediu um segundo mandado e determinou a prisão em flagrante do ex-deputado Roberto Jefferson na noite deste domingo. Jefferson se entregou por volta das 19 horas.

A rendição foi negociada, por telefone, com o ministro da Justiça, Anderson Torres, por determinação do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. O candidato do PTB à Presidência da República, Padre Kelmon, e o vice da chapa, Pastor Gamonal, foram à residência e teriam convencido o ex-deputado a deixar de resistir à prisão. O padre também entregou as armas de Jefferson à Polícia Federal.

O ex-deputado foi transferido do Presídio José Frederico Marques, a cadeia de Benfica, para o Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, ambos no Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira (24).

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