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Deltan questionou se decisões de Lewandowski favoráveis a Lula “serão anuladas”, agora que o ministro assumirá uma pasta no governo.
Deltan questionou se decisões de Lewandowski favoráveis a Lula “serão anuladas”, agora que o ministro assumirá uma pasta no governo.| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados.

O senador Sergio Moro (União-PR) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) criticaram nesta quinta-feira (11) a indicação do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski ao Ministério da Justiça. Moro é ex-juiz da Lava Jato e Dallagnol era o procurador chefe da força-tarefa da operação.

Os dois compararam a indicação de Lewandowski à declaração de suspeição de Moro em 2021. Na época, o STF considerou o ex-juiz parcial para atuar nos casos da Lava Jato envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após deixar a magistratura, Moro aceitou ser ministro da Justiça no governo Bolsonaro, fato que foi apontado como um dos motivos para a suspeição. A decisão do Supremo gerou a anulação de provas obtidas pela força-tarefa.

“Fica então entendido que aceitar cargo em Ministério não é e nunca deveria ter sido causa de suspeição”, disse Moro na rede social X. Enquanto estava no STF, Lewandowski foi um dos ministros que mais se opôs à Lava Jato. A atuação do ministro na Corte foi crucial nas decisões fundamentais que destruíram as investigações e que beneficiaram diretamente Lula: fim da prisão em segunda instância, anulação dos processos por incompetência e suspeição Moro, transferência dos casos para a Justiça Eleitoral e invalidação das provas da Odebrecht.

“Quando estava no STF, Lewandowski beneficiou Lula e o PT diretamente com decisões judiciais que abriram o caminho para que Lula se livrasse das ações penais e condenações criminais contra ele, permitindo que Lula se tornasse novamente elegível e pudesse concorrer à presidência da República”, disse Deltan Dallagnol no X.

O ex-procurador destacou que “a mesma situação agora vivida por Lewandowski foi usada pelo STF como um dos principais fundamentos para anular as sentenças de Sergio Moro contra Lula: o tribunal viu parcialidade de Moro ao aceitar se tornar ministro da Justiça de Bolsonaro, depois de ter tomado decisões contra Lula”.

“Agora que Lewandowski se tornou ministro da Justiça de Lula, as decisões que ele tomou em benefício de Lula e do PT serão anuladas? Lewandowski terá sua parcialidade pró-Lula e pró-PT reconhecida?”, questionou Dallagnol.

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