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PL da Anistia

Motta diz que anistia terá menos prioridade do que isenção do IR até R$ 5 mil

Hugo Motta
Presidente da Câmara diz que parlamentares veem "com bons olhos" proposta do governo. (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o projeto do governo que pretende isentar do Imposto de Renda os brasileiros que ganham até R$ 5 mil terá mais prioridade de tramitação do que todas as demais propostas – inclusive a da anistia.

O projeto que pretende anistiar os condenados por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023 é tido como prioridade pela oposição ao governo e já tem assinaturas suficientes para se votar a tramitação em regime de urgência.

“Não vamos permitir que outras pautas – não só a anistia, mas qualquer outro projeto – prejudiquem o andamento de um projeto importante como esse, que é a matéria do Imposto de Renda para essa isenção até R$ 5 mil para 10 milhões de pessoas”, disse Motta em um evento da CNN Brasil nesta quarta (23).

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De acordo com ele, a proposta do governo é vista com bons olhos pelos parlamentares para corrigir o que chama de “distorção na cobrança de tributos”.

“A ideia do governo de corrigir essa distorção na cobrança de tributos é vista com bons olhos dentro da Casa. Penso que é um ponto pacífico a questão da isenção do IR até R$ 5 mil, e agora será discutida a forma mais eficiente de se compensar”, afirmou.

Motta disse, ainda, que o Congresso está pronto para discutir a revisão do gasto tributário, a depender apenas da concordância do governo. O parlamentar defendeu a manutenção da integridade do arcabouço fiscal, sem deixar de debater a revisão de gastos no país.

Também presente no painel, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, não pode “jogar sozinho”, completando que os críticos do trabalho do Banco Central precisam deixar a autoridade monetária “em paz” para que a inflação seja controlada.

“É importante não deixar o ministro da Fazenda sozinho. Às vezes o vejo como um goleiro e cheio de jogador tentando bater o pênalti. Ele precisa de apoio e uma barreira no campo, e o Congresso pode ser importante nessa barreira”, disse Sidney, destacando que é essencial o alinhamento de Haddad com o Congresso Nacional.

Haddad estava presente no evento e disse não ver um risco do Brasil passar por uma recessão por conta do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump a dezenas de países. No entanto, disse que “temos que verificar como as tensões vão se acomodar. Difícil acreditar que as tarifas mútuas vão se manter. É algo que desorganiza demais as cadeias produtivas globais”.

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