O deputado André Janones (Avante-MG) também é alvo de um inquérito que tramita no STF e enfrenta um processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara| Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Com base na notícia-crime apresentada pelo ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR), o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) abriu um novo inquérito para investigar as denúncias de “rachadinha” contra o deputado federal André Janones (Avante-MG).

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Este é o segundo inquérito aberto para investigar as denúncias contra o parlamentar. Janones também é alvo de um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo mesmo motivo.

Além disso, o parlamentar enfrenta um processo de cassação instaurado no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar, também em função das denúncias de “rachadinha”.

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Pelas redes sociais, o deputado reclamou da cobertura da imprensa sobre o caso e disse que os seus atuais assessores e aqueles que o denunciaram negaram, em depoimento, a prática de rachadinha.

"Já que a imprensa esconde, peço que me ajudem a divulgar: Acabei de receber do meu advogado a notícia de que todos os assessores e ex-assessores envolvidos nas denúncias de rachadinha (inclusive os que me denunciaram), concluíram os seus depoimentos. E adivinhem? Todos eles, absolutamente todos disseram nunca terem praticado ou presenciado a prática da rachadinha em meu gabinete. Além disso, todos eles abriram mãos dos seus sigilos bancários, fiscais e telefônicos. Porque será que a imprensa não divulgou uma linha sequer sobre isso? Está chegando a hora da verdade vir à tona! Aguardem, porque as próximas semanas prometem!", disse Janones pela rede social X, nesta sexta-feira (12).

Janones tem sido alvo de uma série de denúncias de ex-assessores divulgadas pelo jornal Metrópoles. As ações da Justiça e na Câmara têm como base as reportagens do jornal.

Denúncias

Na última semana de novembro, o jornal divulgou um áudio em que o deputado cobra de assessores a devolução de parte dos salários.

De acordo com Janones, não se trata da prática conhecida como “rachadinha”, mas de uma contribuição dos assessores para que ele conseguisse recuperar parte do seu patrimônio usado para custear a sua campanha à prefeitura de Ituiutaba (MG), em 2016.

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Um dia depois da primeira reportagem com a denúncia, o jornal divulgou um novo áudio em que Janones pede a assessores para transferir parte do salário para sua conta como forma de criar um caixa para bancar campanhas eleitorais. A estimativa de Janones era de arrecadar R$ 200 mil.

Para Janones, as acusações são “fake news”. O deputado também culpou a “extrema-direita” pela disseminação da reportagem do Metrópoles, jornal com viés de esquerda.

Após a repercussão negativa, o deputado tentou minimizar o escândalo dizendo que os áudios teriam sido gravados quando ele ainda não havia assumido o cargo de deputado e, portanto, estaria conversando com pessoas que, oficialmente, ainda não haviam sido nomeadas em seu gabinete.

No dia 4 de dezembro, o Metrópoles publicou outro trecho do áudio que contradiz a versão apresentada pelo deputado. No trecho divulgado, Janones aparece tratando de assuntos relativos ao exercício do mandato na mesma reunião em que pede parte dos salários dos funcionários para cobrir gastos com campanhas.

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