O economista e empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho é um dos investigados pela Polícia Federal (PF) na operação Tempus Veritatis, deflagrada na última quinta-feira (8). O investigado é neto de João Batista Figueiredo, o último presidente do Brasil durante o regime militar que durou de 1964 a 1985.
De acordo com a PF, Figueiredo Filho é investigado por ter atuado em suposta operação de “propagação de desinformação golpista e antidemocrática”. A operação da Polícia Federal mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu aliados e militares acusados de supostamente terem preparado um golpe de Estado em 2022 com o intuito de manter Bolsonaro no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa eleitoral.
De acordo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Walter Souza Braga Netto (ministro da Casa de Civil de Bolsonaro), Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Ailton Gonçalves Moraes Barros, Bernardo Romão Correa Neto e Mauro Cesar Barbosa Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro) teriam atuado juntos.
"[Os cinco] teriam se concentrado na escolha de alvos, para a amplificação de ataques pessoais direcionados a militares em posição de comando, que resistiam às investidas golpistas, em coordenação de condutas que identificam o núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado. Para tanto, os elementos coligidos apontam que os ataques eram realizados a partir da difusão em múltiplos canais e por meio de influenciadores em posição de destaque perante a audiência militar", diz a decisão.
Conforme a decisão de Moraes, Paulo foi alvo de busca e apreensão pessoal e domiciliar e sofreu medidas cautelares diversas da prisão, como a proibição de manter contato com outros investigados pela operação e a desativação das suas redes sociais.
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