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O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, afirmou nesta segunda (7) que a entidade é “apartidária”e atua para “garantir que a advocacia seja exercida em sua plenitude”, independentemente se é da defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com Simonetti, a OAB atuou em defesa das prerrogativas dos advogados de Lula durante o período da Lava Jato, e agora, também age da mesma forma em relação à defesa de Bolsonaro no STF.
“No passado, intercedemos para que o advogado de Lula [o hoje ministro do STF Cristiano Zanin] tivesse suas prerrogativas respeitadas. Agora, eu me reuni com o ministro Alexandre de Moraes para reforçar o pleito da defesa de Bolsonaro e outros réus”, disse Beto Simonetti ao Metrópoles.
O presidente da OAB ainda reforçou "os advogados argumentam que tiveram acesso às provas usadas pela PGR na denúncia, mas não às provas mencionadas, que a PGR considerou também prestarem para embasar a acusação”.
“Solicitei ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, que esse material seja compartilhado para garantir o direito à defesa. Moraes se mostrou bastante atencioso durante a conversa”, prosseguiu.
Reunião com Moraes
Na última semana, Simonetti pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que as defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros réus tenham acesso completo aos autos dos processos que apuram uma suposta tentativa de golpe de Estado.
O pedido atende a uma solicitação dos advogados que pediram uma espécie de intervenção da OAB na Corte pelo que seria um “cerceamento da ampla defesa”.
O presidente nacional da OAB ainda relatou a Moraes o que seria um “prazo exíguo para análise dos autos”, por conta do período de apenas 15 dias dado pelo ministro às defesas contestarem as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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