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Os deputados tentam evitar que aconteça com a CPI da Máfia Digital o mesmo que ocorreu com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
Os deputados tentam evitar que aconteça com a CPI da Máfia Digital o mesmo que ocorreu com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.| Foto: Reprodução | Site Mynd8

Desde que foi protocolado um requerimento de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação da agência Mynd8 junto ao governo petista, parlamentares da oposição têm se manifestado a favor da instalação da CPI apenas na Câmara dos Deputados como forma de tentar minimizar a interferência do governo.

Os deputados tentam evitar que aconteça com a CPI o mesmo que ocorreu com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

O requerimento para a abertura da CPI da Máfia Digital, como vem sendo chamada a Comissão, foi protocolado na quarta-feira (3) pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).

“Estou protocolando, agora, um requerimento de abertura de uma CPI para investigar a Mynd, seus sócios, perfis e influenciadores sob sua gestão. Vamos expor de uma vez por todas o verdadeiro Gabinete do Ódio - CPI da verdadeira Milícia Digital”, escreveu o parlamentar na rede social X.

A Mynd8 é responsável por mais de 30 perfis de fofoca e ativismo político, dentre os quais dois deles têm sido apontados como responsáveis pela morte da jovem Jéssica Canedo, de 22 anos. Jéssica cometeu suicídio depois de ter sido alvo de difamação dos perfis Garoto do Blog, Alfinetadas e Choquei. Este último foi agenciado pela Mynd8 até dezembro de 2021.

A jovem se matou após a grande repercussão de um post afirmando falsamente que ela manteria um caso amoroso com o humorista Whindersson Nunes. O alcance fez com que a jovem recebesse uma onda de ataques nas redes sociais.

Ao divulgar o seu apoio ao requerimento da CPI, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse, pelas redes sociais, que a oposição não fará CPMI “para que Pacheco (presidente do Senado) não tenha poder sobre a composição da Comissão”.

“Faremos uma CPI na Câmara e reitero que estamos seguros que Lira (presidente da Câmara) garantirá a equidade de partidos, como fez na CPI do MST”, completou a deputada. 

Procurada pela Gazeta do Povo, Zambelli disse que o histórico de Arthur Lira (PP-AL) dá mais tranquilidade à oposição para o funcionamento de uma CPI.

“Achamos que o Lira tem um processo democrático maior. Todas as vezes que montamos CPI, ele nos deu o direito, pelo menos, ao que é correto, ou seja, escolher presidente e relatoria e também as vagas equacionadas”, disse a deputada ao lembrar que no caso da CPMI do 8/1, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tirou a relatoria e a presidência da oposição, mesmo o requerimento partindo de um parlamentar da oposição.

Ao declarar apoio à CPI, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que é importante “deixar o escopo (da CPI) bem fechado para que a esquerda não alastre a investigação para gerar narrativas como eles fizeram na CPMI do 8/1”.

Em publicação nas suas redes sociais, o deputado também afirmou que apesar das dificuldades que a oposição teve na CPMI do 8/1, ela “conseguiu mostrar para o Brasil a verdade sobre o dia 8 de janeiro, as prisões ilegais, a falta de ampla defesa e a omissão do governo federal”.

Na visão do parlamentar, apesar dos riscos, a CPI da Máfia Digital poderá gerar “bons frutos”.

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