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Crise entre poderes

Pacheco diz que Senado vai priorizar alterações no STF em 2024

Rodrigo Pacheco
Presidente do Senado diz que reação de ministros do STF foi "desproporcional" às propostas em discussão. (Foto: Marcos Oliveria/Agência Senado)

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta sexta (22) que a casa vai priorizar em 2024 os projetos de lei que alteram o funcionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), em mais um capítulo da crise instalada entre o Legislativo e o Judiciário desde que a Corte passou a julgar casos como descriminalização do porte de drogas, marco temporal de demarcação das terras indígenas, início das discussões sobre aborto, entre outros temas.

A discussão destas pautas levou a uma ofensiva do Congresso para cima do STF, alegando que houve uma usurpação de poderes e fez os senadores aprovarem restrições às decisões monocráticas da Corte. O texto, no entanto, ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pacheco afirmou que pretende pautar para o ano que vem questões como a elevação da idade mínima para indicação a uma vaga na Corte e o estabelecimento de um mandato para a atuação dos ministros – o que é apoiado pelo novo ministro Flávio Dino, que toma posse no dia 22 de fevereiro de 2024.

“Eu acho que o Supremo tem o seu poder definido na Constituição, que foi concebida pelo Legislativo. Alterações no poder do Supremo também devem ser feitas pelo Legislativo. Isso é normal”, disse Pacheco.

Rodrigo Pacheco considerou a reação dos ministros às alterações como “desproporcional”, quando atacaram os senadores dizendo que o “STF não admite intimidações” e que os parlamentares são “inequívocos pigmeus morais”.

A fixação de um mandato aos ministros, disse Pacheco, deve ser de oito anos com base em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do senador Plínio Valério (PSDB-AM). Ele afirmou, ainda, que outra PEC, a das drogas, deve ser debatida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em fevereiro.

A proposta do senador Efraim Filho, vai “deixar claro que a quantidade de drogas é independente, vai gerar consequência jurídica, mas que o porte ou posse para uso não admite prisão”.

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