O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nesta quinta-feira (8) a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores no âmbito das investigações dos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o parlamentar, "a política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal".
Em uma publicação na rede X, o filho do ex-presidente destacou que as operações foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, sempre um dia depois de algum evento de grande repercussão com Bolsonaro.
A primeira operação citada pelo deputado contra Bolsonaro ocorreu um dia depois da Super Live do ex-presidente, quando foi realizada a operação contra o vereador Carlos Bolsonaro na casa em Angra-7. A ação foi um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada que mirou um grupo supostamente envolvido em um esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Já sobre a operação desta quinta (8), em que Moraes mandou apreender o passaporte do ex-presidente e ainda prender assessores aliados, Eduardo mencionou que ocorreu um dia depois do "grande ato pró-Bolsonaro em São Sebastião" no litoral paulista. No evento, Bolsonaro disse que "o atual mandatário [Lula] quer censurar as redes sociais […] eu só estou aqui com vocês graças às redes sociais".
Bolsonaro é alvo da operação com o cumprimento de medidas cautelares, como a entrega do passaporte às autoridades em até 24 horas. O ex-presidente ainda não se pronunciou, mas o advogado dele, Fábio Wajngarten, afirmou que o documento será entregue à autoridade.
Entre os aliados do ex-presidente alvos da PF estão os ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), o ex-ajudante de ordens Marcelo Câmara, os ex-assessores Filipe Martins e Tercio Arnaud Thomaz, entre outros.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também está na mira da PF. A sede nacional do partido foi alvo de busca e apreensão e ele foi detido por posse irregular de arma de fogo.
Em menos de um mês, dois parlamentares do partido do ex-presidente, Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), foram alvos de operação da PF. Ambos, foram pegos de “surpresa” e “acordados” por agentes policiais com os mandados de busca e apreensão pela manhã em suas residências. Parlamentares que integram a base de apoio ao ex-mandatário temem serem o próximo alvo.
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