A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, declarou nesta sexta-feira (3) que Israel “discrimina” o Brasil ao deixar brasileiros que vivem na Faixa de Gaza de fora da terceira lista de cidadãos civis autorizados a deixar a região, sem, segundo ela, apresentar qualquer explicação para essa atitude.
A abertura de um corredor humanitário para a retirada de civis de Gaza teve início na quarta-feira (1º), mas até agora as listas de pessoas autorizadas a sair do território não incluíram nomes de brasileiros. Neste sábado (4), uma quarta lista foi divulgada, ainda sem cidadãos do Brasil.
“Pela terceira vez o governo israelense negou a saída de cidadãos e cidadãs brasileiros ameaçados pelo massacre contra população civil na Faixa de Gaza”, escreveu a deputada federal na rede social X no fim da tarde de sexta. “E não apresentou qualquer explicação para essa atitude de discrimina um país, o Brasil, que tem históricas relações com o Estado de Israel”, prosseguiu. “Um país que, à frente do Conselho de Segurança da ONU, fez todos os esforços por uma solução negociada para o conflito.”
“Infelizmente, o governo israelense sinaliza que estabeleceu uma hierarquia política para a liberação de civis, privilegiando alguns países em detrimento de outros.”
Ela escreveu ainda que, da mesma forma que defende a libertação de reféns israelenses, não admite “que civis brasileiros permaneçam ameaçados numa região sob massacre militar”.
Também na sexta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou ter recebido a garantia do chanceler israelense, Eli Cohen, de que os brasileiros sairão da Faixa de Gaza até a próxima quarta-feira (8). Ao todo, 34 brasileiros aguardam autorização para deixar a região.
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