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Guardas do Grupamento Tático Móvel em operação de ordenamento urbano na Taquara, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Guardas do Grupamento Tático Móvel em operação de ordenamento urbano na Taquara, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.| Foto: Reprodução/ Twitter GMRio

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), PEC 57/23, que transforma as atuais guardas municipais em polícias municipais começou a tramitar na Câmara dos Deputados, após ter atingido o número mínimo de 172 assinaturas em apoio à proposta.

O texto, de autoria dos deputados Jones Moura (PSD/RJ), Coronel Meira (PL/PE) e Luciano Azevedo (PSD/RS), reuniu 327 assinaturas de apoiamento, especialmente de deputados do PL e do PT, embora os partidos tenham objetivos distintos. Entre os 52 deputados do PT, que assinaram a PEC, aparece o nome de Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Na proposta, os autores destacam que "um papel mais ativo dos municípios na Segurança Pública ajudará a desafogar o já caótico sistema estadual, distrital e federal de Segurança Pública".

De acordo com um dos apoiadores da PEC, o deputado federal Sargento Portugal (Podemos-RJ), esses agentes já exercem atividade policial na Segurança Pública, mas não têm, em seu favor, o aparato técnico e legislativo. "Precisamos corrigir e resgatar o protagonismo das Guardas Municipais no âmbito da Segurança Pública Nacional. Assim, os municípios poderão modernizar todo esse sistema, treinando e capacitando continuamente esses agentes, deixando tanto as instalações quanto os serviços prestados à população mais modernos, humanos, eficientes e eficazes", destaca o parlamentar.

A PEC, no texto atual, dá nome de Polícia Municipal às Guardas Municipais e oferece à instituição acesso ao Ministério da Justiça, à Secretaria Nacional de Segurança Pública, ao Sistema Único de Segurança Pública e ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

Na avaliação de Reinaldo Monteiro, presidente da Associação dos Guardas Municipais do Brasil (AGM Brasil), a PEC representa uma "luta muito antiga da categoria". "Essa PEC vem para pacificar, de uma vez por todas, a situação das guardas municipais. E ela é importante, justamente, porque ela vai dar tranquilidade para que o país possa, de fato, ter um Sistema Único de Segurança Pública, que funcione em sua plenitude", disse Monteiro à Gazeta do Povo.

Monteiro também ressaltou que a PEC dará "segurança jurídica" para os guardas municipais atuarem de forma tranquila, com prerrogativas das funções, além de permitir que "os municípios tenham a tranquilidade para investir na segurança local".

Como a PEC foi protocolada recentemente, a tramitação começa na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ), que analisará a admissibilidade da proposta. Em seguida, se for admitido pela CCJ, o texto será analisado por uma comissão especial e somente depois de aprovado pela comissão, seguirá para votação em dois turnos no plenário.

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