• Carregando...
Sâmia Bomfim
Licenciamento de Sâmia Bomfim foi anunciado pela equipe da parlamentar por conta da morte do irmão no começo do mês.| Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) se licenciou das atividades parlamentares da Câmara por tempo indeterminado por conta da morte do irmão, o médico Diego Ralf de Souza Bomfim, no começo do mês no Rio de Janeiro.

A equipe de Sâmia publicou uma nota nas redes sociais na noite desta terça (24) confirmando o afastamento, mas sem detalhar os motivos além da execução do irmão e de mais dois médicos por traficantes que confundiram um deles com um miliciano quando estavam em um quiosque na beira da praia da Barra da Tijuca.

“Em decorrência da situação, Sâmia encontra-se em licença de suas atividades parlamentares, por tempo indeterminado”, diz a nota (veja na íntegra).

A nota afirma, ainda, que o mandato da parlamentar segue trabalhando em Brasília e em São Paulo e que busca na Justiça esclarecer as circunstâncias das execuções. Dias após a execução dos três médicos, Sâmia pediu à Justiça para ter acesso ao inquérito e acompanhar as linhas de investigação adotadas pela polícia.

“Nossa família, através de nossos advogados, conforme nos autoriza a legislação brasileira, pediu acesso aos dados do inquérito sobre o assassinato do Diego para que possamos ter conhecimento sobre as linhas de investigação, dados e eventuais provas”, afirmou.

Ela ainda disse que vai atuar no Congresso para combater a violência promovida por um “poder paralelo muito profundo e estruturado no país”.

Diego e outros dois médicos, Perseu Ribeiro de Almeida e Marcos de Andrade Corsato, estavam no Rio para participar de um congresso internacional de medicina, e foram mortos na madrugada de quinta (5) em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, em frente ao hotel em que estavam hospedados.

Um outro colega de profissão deles, Daniel Sonnewend Proença, sobreviveu ao ataque e foi internado após o ataque.

Horas depois, já à noite, a polícia encontrou quatro corpos que seriam de supostos traficantes suspeitos de serem os autores do ataque. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL-RJ), afirmou que, mesmo após o “pseudo tribunal do tráfico” condená-los, as investigações seguiriam para conter o que ele chamou de “máfia” que age na cidade.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]