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O advogado e desembargador aposentado, Sebastião Coelho, informou que não faz mais parte da defesa de Filipe Martins, ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O comunicado foi publicado em vídeo nas redes sociais um dia após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornar Filipe Martins réu por suposta participação no chamado “plano golpista”.
“Lá, naquele julgamento, eu fiz a minha sustentação oral e falei sobre paz, em parar com a guerra que nós estamos vivenciando, mas, logo em seguida fui surpreendido. O ministro Alexandre de Moraes disse claramente que ‘não pode haver anistia para os golpistas’. Quer dizer… politizando um julgamento técnico, jurídico, pelo menos deveria ser. Também me causou um grande espanto a ministra Cármen Lúcia, uma senhora cristã, falar que não tem perdão”, disse Coelho no vídeo publicado nesta quarta-feira (23).
“Depois de refletir sobre tudo isso, cheguei à conclusão de que nós estamos em uma guerra e essa guerra tem um lado - que é o STF junto com o governo atual - e outro lado, os oprimidos. Eu resolvi que vou me alistar no exército dos oprimidos”, completou.
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De acordo com o desembargador, a sua responsabilidade como integrante da defesa Filipe Martins acaba o limitando em relação a comentários que gostaria de fazer sobre as atuações do STF e do governo. O seu comprometimento com a defesa de Martins também o impediria de ajudar outras pessoas que o procuram em busca de orientação.
“O Filipe Martins tem excelentes advogados. Já conversei com o Filipe e está tudo certo. Agora, a gente pode bater papo sobre outros assuntos sem ter aquela tensão do processo”, disse Coelho.
Coelho criticou atuação de Moraes no julgamento
O desembargador ainda citou atitudes do ministro Alexandre de Moraes durante o julgamento que, segundo ele, reforçam a ilegalidade do processo e a parcialidade do magistrado.
De acordo com juristas ouvidos pela Gazeta do Povo, a sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que transformou Filipe Martins em réu é um novo marco nos abusos da Corte.
Segundo os juristas, várias medidas atropelaram garantias básicas previstas na Constituição e no Código de Processo Penal.
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