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Queimadas na Amazônia - clima
Queimada próxima à Transamazônica, em Rurópolis, no Pará.| Foto: Johannes Myburgh/AFP

Após a Amazônia registrar novo recorde em queimadas no mês de fevereiro, durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alguns senadores cobraram o posicionamento de artistas e celebridades que sempre se manifestaram pró-Amazônia e especialmente, criticando o governo anterior do ex-presidente Jair Bolsonaro, por conta do desmatamento na floresta.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), questionou "onde estão os artistas, celebridades e defensores da natureza para denunciar o recorde de queimadas na Amazônia?". "Indignação seletiva. Democracia seletiva... padrão PT", escreveu Marinho na rede X, antigo Twitter.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra de Bolsonaro, também questionou a falta de "campanhas dos artistas contra o governo que promove queimadas". "

"Achei que as queimadas, que segundo os especialistas surgiram em 2019, tivessem acabado ano passado", declarou a parlamentar.

Desde 2007, a Amazônia também não registrava um número tão alto de focos de incêndio para o mês de fevereiro. Embora os dados do mês ainda estejam em aberto, entre 1º e 26 de fevereiro foram registrados 2.924 focos de incêndio. O recorde histórico anterior foi de 1.761 queimadas em fevereiro. No mesmo período de 2023, no entanto, quando foram registradas 734 queimadas na Amazônia, o número se mostrou menor do que a média histórica para o bioma, que é de 807 queimadas.

Lula vinha acusando Bolsonaro de ser o grande responsável pelas queimadas em seu mandato. Mas, quando o cenário se repetiu em seu governo, o petista decidiu continuar culpando o rival pelo problema. Ele vem afirmando, sem apresentar evidências, que as áreas que estão sendo queimadas agora são fruto de desmatamento feito na gestão passada.

Em anos anteriores, quando os registros de queimadas também tiveram números elevados, artistas nacionais e internacionais promoveram mobilizações na internet e nas ruas. A ativista sueca Greta Thunberg e o ator americano Leonardo Di Caprio, por exemplo, se manifestaram algumas vezes sobre o fato entre 2019 e 2022.

Di Caprio criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, em publicação feita em 2020, pela atuação diante das queimadas. Já em 2023, ele divulgou dados sobre uma queda no desmatamento, elogiando Lula pela atuação nessa sentido e na demarcação de terras indígenas.

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