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Anticorpo pode impedir entrada de coronavírus na célula.
Célula fortemente infectada pelo novo coronavírus (em rosa).| Foto: Divulgação/National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAD)

Até a 20.ª semana epidemiológica de 2020, 155.430 brasileiros foram hospitalizados por algum tipo de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 31.509 desses pacientes acabaram morrendo em decorrência da doença. Os dados foram apresentados em coletiva do Ministério da Saúde nesta quinta-feira (21), e incluem casos de pessoas que contraíram o novo coronavírus, tiveram um quadro de gripe comum, por influenza, ou vírus não especificado.

As informações foram apresentadas no mesmo dia da divulgação do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que traz uma reflexão cobre casos e mortes de brasileiros pelo novo coronavírus ou por SRAG.

Ocorrências das duas doenças obrigatoriamente são registradas em ferramentas específicas fornecidas pela pasta e todas as notificações são investigadas. “De acordo com o Guia de Vigilância Epidemiológica para Covid-19, todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados devem ser notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe). Esses casos são investigados pelas equipes de vigilância locais, incluindo dados referentes aos exames laboratoriais e classificação final do caso”, explica o ministério.

Segundo o Ministério da Saúde, até a semana epidemiológica 20 (encerrada em 16 de maio), o Brasil registrou 46.438 hospitalizações em decorrência do coronavírus e 15.773 pessoas morreram. No caso de internamentos de SRAG por Influenza, foram 1.836 ocorrências e apenas 234 casos evoluíram para óbito.

A pasta ainda monitora os casos de SRAG por outros vírus respiratórios: foram 2.272 internamentos e 238 mortes. Para completar, foram 54.295 hospitalizações por SRAG não especificado, com 11.730 mortes. Estão em investigação 50.589 hospitalizações que resultaram em 3.534 óbitos.

Como a Saúde investiga os casos e óbitos por SRAG

É o Sivep-Gripe que é o principal sistema para gerar dados sobre o perfil dos óbitos, o que possibilita mais análises sobre características demográficas e clínicas dessas pessoas. Apesar de repassar essa orientação aos estados, a pasta frisa que ainda há inconsistências entre os dados que estão no SIVEP-Gripe e no painel que monitora os casos da Covid-19. Até o dia 18 de maio, data fixada para todos os dados analisados no boletim, o painel do coronavírus trazia o registro de 16.118 mortes, enquanto o Sivep-Gripe tinha 12.801 casos – uma diferença de 3.317 casos.

Os técnicos da Saúde observaram que há uma diferença relevante na comparação das curvas de óbitos por data de confirmação dos casos registrados nos dois paineis, no que diz respeito ao tempo entre o dia da morte e da confirmação do diagnóstico de coronavírus. Além disso, o MS constatou que a mediana de tempo entre o dia do início dos sintomas e a data da morte dos pacientes que tiveram a confirmação da Covid-19 foi de 11 dias.

Na comparação entre as mortes registradas em cada um dos paineis, há um intervalo permanente entre casos investigados e confirmados para o novo coronavírus. Atualmente, são 3.319 óbitos por SRAG,registrados do Sivep-Gripe, que estão sendo investigados para Covid-19.

O ministério ainda orienta que estados investiguem todos os casos de SRAG de pacientes que foram hospitalizados em datas anteriores ao dia 26 de fevereiro, quando foi confirmado o primeiro caso de coronavírus no Brasil. Até 18 de maio, dia em que foram extraídos os dados usados no boletim, havia 25 casos em investigação em quatro estados: Ceará (2), Pará (1), Rio de Janeiro (5) e São Paulo (17).

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