A tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio do Brasil imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entra em vigor nesta quarta-feira (12). A taxação abrange todos os países que negociam esses produtos com os americanos.
Apenas no ano passado, o Brasil exportou US$ 11,9 bilhões em ferro fundido, ferro e aço, dos quais US$ 5,7 bilhões – 48% do total – foram para o mercado norte-americano.
Da perspectiva dos EUA, o Brasil foi o segundo mercado que mais enviou aço para o país (4,5 milhões de toneladas) no mesmo período, atrás somente do Canadá, segundo o Instituto Americano de Ferro e Aço (AISI).
No caso do alumínio, os EUA foram o segundo principal destino dos embarques brasileiros, um total de US$ 267 milhões em 2024, ou cerca de 17% do total das exportações nacionais, que somaram US$ 1,6 bilhão.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discutem alternativas ao “tarifaço” em uma série de reuniões com representantes do governo americano desde a semana passada.
Os EUA são o segundo parceiro comercial do Brasil no mundo, atrás apenas da China. No ano passado, a corrente comercial entre as duas nações (soma de importação e exportação) foi de US$ 81 bilhões.
Cada país enviou ao outro pouco mais de US$ 40 bilhões, com saldo ligeiramente negativo de US$ 282 milhões para o Brasil. Trump oficializou a tarifa de 25% às importações de aço e de alumínio em 10 de fevereiro.
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