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Após projeto da Câmara

Toffoli chama de “mentira deslavada” dizer que STF só decide de forma monocrática

Toffoli chama de “mentira deslavada” dizer que STF só decide de forma monocrática
Após Dino, Toffoli rebate críticas ao STF após Câmara aprovar projeto que limita decisões individuais dos ministros. (Foto: Antonio Augusto/STF)

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli afirmou nesta segunda-feira (27) que dizer que a Corte decide apenas por decisões monocráticas é uma “mentira deslavada”. A declaração ocorre após a Câmara dos Deputados aprovar o projeto de lei que limita decisões individuais dos ministros. A proposta foi encaminhada ao Senado.

“Não tem nenhuma Suprema Corte no mundo que julga o número de processos que o Supremo julga. Por ano, são mais de 14 mil processos julgados colegiadamente”, disse o ministro na abertura da audiência pública convocada para discutir direitos autorais.

“É uma lenda urbana dizer que a Corte Suprema do Brasil é uma Corte monocrática. Isso é uma mentira deslavada”, acrescentou. Para Toffoli, o alto número de casos julgados mostra que o Poder Judiciário brasileiro é muito atuante e “dá conta do recado em todas as suas instâncias”.

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“Comparando com outras Supremas Cortes, a dos Estados Unidos não julga mais do que 100 a 120 processos por ano. A da Alemanha não passa de 100 processos. A francesa, quando muito, 450 ou 500 processos”, afirmou.

Na mesma linha, o ministro Flávio Dino destacou que todas as decisões relevantes do STF são colegiadas. “Vocês podem até xingar o vizinho ou alguém da família de ‘monocrático’, porque todo dia xingam o Supremo disso”, ironizou Dino na última quinta-feira (23).

“Não sei exatamente de onde tiraram a ideia de que todas as decisões do Supremo são monocráticas, uma vez que todas as decisões relevantes são colegiadas”, disse.

Na semana passada, a Câmara rejeitou um recurso do Novo contra a aprovação, em caráter conclusivo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da proposta que impõe regras para as decisões monocráticas. Foram 344 votos contra o recurso e 95 a favor.

O projeto de lei 3.640/23 determina que os ministros deverão justificar as decisões individuais, submetendo o parecer à análise do plenário já na sessão seguinte. Caso contrário, a decisão monocrática se tornará nula.

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