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Tribunal Eleitoral

TSE vê tecnologia como principal foco de tensão nas eleições de 2026

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O pedido foi encaminhado a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF.)

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Há menos de um ano das eleições de 2026, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avalia que o avanço tecnológico será o principal ponto de atenção do próximo pleito. A avaliação foi feita pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, ao apresentar o balanço das atividades da Corte em 2025, durante a sessão de encerramento do ano judiciário.

Sem citar plataformas ou ferramentas específicas, a ministra indicou que o uso indevido de tecnologias representa risco direto à confiança no processo eleitoral e exigirá atuação mais intensa da Justiça Eleitoral. A preocupação ocorre em um cenário de expansão acelerada da inteligência artificial, da automação de conteúdos e da disseminação de informações em larga escala.

Segundo Cármen Lúcia, embora as tecnologias possam fortalecer a participação cidadã, também podem ser instrumentalizadas de forma abusiva, o que impõe maior vigilância institucional. O foco, afirmou, é garantir que o voto permaneça sigiloso, seguro e confiável, sem interferências externas capazes de afetar a vontade do eleitor.

Além do desafio tecnológico, o TSE projeta uma eleição de alta complexidade operacional. Em 2026, estarão em disputa a Presidência da República, os governos estaduais, duas vagas ao Senado por estado, além de cadeiras na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. O modelo implica ao menos seis votos por eleitor, ampliando o esforço logístico e de fiscalização.

Para a presidente do Tribunal, o volume de escolhas torna o pleito mais sensível a falhas, disputas judiciais e tentativas de questionamento do sistema. Ainda assim, ela destacou que a preparação da Justiça Eleitoral ocorre de forma contínua, mesmo em anos sem eleição, como foi o caso de 2025.

Cármen Lúcia afirmou que o trabalho permanente do TSE é essencial para preservar a institucionalidade do sistema eleitoral e sustentar a confiança pública nas eleições. O discurso sinaliza que 2026 será tratado como um teste decisivo não apenas da capacidade técnica da Justiça Eleitoral, mas também da resiliência do processo democrático diante de um ambiente digital cada vez mais hostil.

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