A Executiva Nacional do União Brasil decidiu nesta quarta-feira (20) afastar o deputado federal Luciano Bivar (PE) da presidência do partido. Com a decisão, o vice-presidente Antônio Rueda assume interinamente o comando da sigla. Ele foi eleito no dia 29 de fevereiro, mas deveria assumir a função apenas em 1º de junho.
O afastamento de Bivar ocorre em meio a uma crise interna na legenda e troca de acusações entre os dirigentes. No último dia 11, as casas de praia de Rueda e de sua irmã, Maria Emília Rueda, tesoureira da sigla, foram incendiadas em Pernambuco.
A família Rueda não descarta a possibilidade de um “atentado motivado por questões político-partidárias” e apontou Bivar como suspeito de ligação com os incêndios. Bivar negou qualquer participação no caso e classificou as suspeitas como “ilações”.
O relatório que pediu a destituição cautelar de Bivar, ou seja, de forma temporária, foi apresentado pela senadora Professora Dorinha (TO). O afastamento foi aprovado por 11 votos a 5. O deputado participou da reunião por videoconferência e se absteve na votação.
Segundo o União Brasil, Bivar foi acusado de proferir ofensas e ameaças a dirigentes partidários e seus familiares, de praticar violência política contra mulher, além de validar cartas de desfiliação de seis deputados do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido, mesmo após parecer do Ministério Público Eleitoral em processo judicial que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contrário à desfiliação.
No início da reunião, Bivar discutiu com o atual secretário-geral da sigla, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, informou o jornal O Globo. O presidente afastado do União Brasil tentou declarar a suspeição de alguns dos integrantes da cúpula para impedi-los de votar, mas a proposta foi rejeitada.
“Agora, a Executiva Nacional submeterá o caso ao Conselho de Ética do partido para apresentar uma decisão definitiva, de mérito, em até dois meses. Luciano Bivar terá novo prazo de cinco dias para apresentar o contraditório”, disse o partido.
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