O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO). (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou neste sábado (20) que a base de apoio ao governo Bolsonaro "simplesmente não existe". Em uma série de tuítes, ele admitiu "contratempos" na articulação do governo e se defendeu das críticas e cobranças que recebe de colegas da base, que veem o parlamentar – que está em seu primeiro mandato de deputado – como inexperiente e inábil na costura de acordos e votações.

CARREGANDO :)

As últimas semanas ficaram marcadas por desencontros e derrotas do Planalto na Câmara, e atrasos na tramitação do principal projeto do governo na área econômica. No caso mais recente, a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara teve de ser adiada – de quarta-feira (17) para a próxima terça (23) – por pressão de partidos do Centrão, que querem eliminar alguns pontos do texto original.

"Tenho recebido críticas de pessoas que não sabem do contexto, nem das orientações que recebo do Presidente; não me conhecem e não sabem de onde vim; não têm a mínima noção das estratégias... por isso, vou falar mais aqui", escreveu.

Publicidade

Mais adiante, Vitor Hugo afirmou: "As eleições foram atípicas: dois partidos nanicos, rompendo os demais, elegeram um presidente honesto, cristão e patriota. Não houve loteamento de ministérios, acertadamente. Disso tudo, não resultou uma base. Ela simplesmente não existe. É a realidade."

"A responsabilidade de criação dessa base é compartilhada com vários atores, com destaque total para a Casa Civil [comandada por Onyx Lorenzoni] e a Secretaria de Governo [do ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz]", prosseguiu. Segundo ele, enquanto não existir uma base mais estável, "estaremos expostos a todo tipo de contratempos".

Na sequência, o líder do governo na Câmara fez referência ao presidente Jair Bolsonaro: "Sei o que estou fazendo e estou alinhado com o 01". No Congresso, circulam há tempos rumores de que aliados pedem a Bolsonaro a substituição do líder na Câmara.

No dia em que a votação da reforma da Previdência na CCJ foi adiada, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, chegou a ligar para o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para pedir que ele enquadrasse Vitor Hugo porque ele não estaria conseguindo organizar a base do governo no colegiado.

Publicidade
Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]