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Por Carol Constantino

Há alguns dias, em uma conversa com a minha mãe sobre se devemos ou não tomar a terceira dose da vacina, e após assistir ao filme “Não olhe para cima”, decidi que deveria escrever esse texto. Nessa conversa, descobri que minha mãe, uma senhora na casa dos 80 anos, muito lúcida e que sempre teve uma sabedoria invejável sobre o senso comum, foi capturada pela “eterna hipnose do rebanho assustado”. Como filha e psicanalista “aposentada” – já que o inconsciente despertado jamais volta a dormir – me espantei quando ela me chamou de “negacionista”. Esse termo, tão em voga nos dias de hoje, me foi atribuído após ter-lhe dito que, em minha opinião, a questão da terceira dose deveria permanecer em aberto.

A questão central nem é se ela deve ou não tomar essa dose de reforço, mas sim o rótulo utilizado que banaliza quem está mais cético com tudo isso envolvendo autoridades e imprensa, que decidiram monopolizar a fala em nome da ciência. O primeiro-ministro britânico chegou a afirmar que 90% dos internados no momento não tomaram o tal “booster”, praticamente os culpando pela permanência da pandemia. Isso poucas semanas depois de basicamente prometer que com a vacinação (duas doses) estaríamos todos a salvo! Ou seja, agora o problema não são mais os não vacinados, e sim os que não tomaram a dose extra, tratados como párias. E quando o problema será de quem não tomou o reforço do reforço? Até quando vão com isso? O conceito de “totalmente imunizado” parece um tanto móvel, não? E ninguém desconfia, ao menos?

“Mãe, o quê, de fato, eu estaria negando ao questionar o real intuito por trás desse “booster” que, além de não nos impedir de contrair O Vírus, contamina as pessoas com um pânico irracional, deixando-as à mercê de um poder tirânico sobre suas liberdades mais caras? Seria eu a “negacionista”, ao defender o direito ao livre arbítrio dos seres humanos? Ou, ao revés, não seria ela hipnotizada por informações que nos escravizam e nos alienam de quem realmente somos, a verdadeira a negar a existência do que, de fato, importa?

Durante essa conversa, eu me convenci de que estamos entregando de mão beijada nossa liberdade, nossos pensamentos, nossa capacidade de raciocinar e, fundamentalmente, nosso livre arbítrio ao lado do Mal. Dominados pelo medo de morrer, estamos perdendo a nossa essência, aquilo que nos define como humanos e que pode, caso assim desejássemos, nos fazer alcançar uma vida de propósito pleno; uma vida sem garantias – é verdade – e, obviamente, sem as respostas sobre as questões que nos causam as mais profundas angústias. Por isso mesmo, uma vida livre e passível de ser criadora das mais infinitas possibilidades. Ou seja, por pura covardia, estamos fazendo exatamente tudo o que o Mal precisa para que o Bem fique recalcado, muito distante de nossos olhos e de nossos corações.

Falta coragem em nossa sociedade. A coragem de reagir a uma mídia falsa, vendida ao lado negro do mundo, que luta incessantemente para nos controlar, nos manipular, nos distrair. As distrações são inúmeras, infindáveis. Afinal, como é fácil distrair e controlar uma massa de gente que trabalha arduamente para pagar as contas do mês e chega em casa destruída pelo cansaço, sem nenhuma condição ou vontade para se instruir e alimentar minimante a alma! O “controle” aqui é a palavra-chave. Estamos nos transformando em um dócil rebanho, sedento por respostas cujas perguntas jamais serão respondidas – já que, a rigor, não existem – e que precisa, assim como uma criança desamparada, de alguém que lhe garanta que vai ficar tudo bem. Alguém que lhe diga, sem sombra de dúvida, que nada de mal vai lhe acontecer, desde que ela faça exatamente tudo o que esse outro mande. Querem território mais fértil para o controle absoluto de quem somos e do que, de fato, viemos fazer nesse planeta?

Para alguns, pensar dessa maneira pode ser muito “radical”. Afinal, o que eles – mídia e poder vigente – estão ganhando com isso? A resposta é: TUDO! Esse é o verdadeiro pacto mefistofélico a que se referia Fausto. Trocar a vida eterna pela “eternidade” mundana. É isso que estamos fazendo, mesmo que sem perceber.

O fato de que o Bem e o Mal existem e que, inevitavelmente, precisam coexistir para que possamos separar o joio do trigo, é inegável. Não é preciso ser um religioso ou um “carola” para saber disso. A questão, aqui, é como fazer o Bem prevalecer sobre o Mal, e a única resposta possível para isso é: escolhendo! É preciso escolher acordar e enxergar a luz. Acordar de uma hipnose que não é nova, que existe desde que o mundo é mundo, e que representa o lado das trevas, o lado da mais profunda ignorância, dos sete pecados capitais, enfim, o lado do Mal. Eis a hipnose eterna do rebanho assustado.

A história se repete e, certamente, tudo isso já aconteceu e continuará acontecendo sob outras roupagens e contextos. É preciso conhecer o inimigo e saber que ele trabalha incessantemente para que nos afastemos cada vez mais da verdade e da luz. O problema é que, além de não querer pensar, a maioria de nós não quer saber nada sobre a nossa essência, sobre aquilo que realmente somos e que poderia nos libertar da maior parte dos sofrimentos durante nossa breve existência nesse mundo. Os incalculáveis trilhões que o lado negro fatura às custas de cerca de sete bilhões de seres humanos, – pois é uma mínima minoria aquela que se atreve a pensar – é algo que faz estremecer.

Estamos estremecidos e assustados, é verdade, mas quem, de fato, está e sempre esteve profundamente apavorado nessa batalha eterna são eles: aqueles que diariamente escolhem o lado do Mal. Perder todo esse controle e todo esse poder deve ser muito angustiante, algo praticamente impensável. O Mal, o lado negro da força, tenta nos assustar e nos desviar da verdade desde os primórdios. Faz isso em todos os âmbitos da nossa sociedade, pois sabe, melhor do que a maioria de nós, que o Bem sempre vence. Resta saber quantas vezes precisaremos repetir a mesma história até acordar, olhar para cima, e poder escolher a liberdade da vida eterna.

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