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Minha última coluna do ano, então cabe uma breve retrospectiva. Este foi o ano de maiores desafios tanto em minha vida pessoal quanto para o Brasil. Lutei contra um câncer agressivo, precisei de transplante de células-tronco, fiquei isolado por meses com baixa imunidade, sofri os efeitos colaterais da quimioterapia e encarei internações extras com problemas pontuais. Não foi um passeio no parque.
Mas cá estou eu, bem melhor, com mais disposição, voltando ao normal aos poucos, se Deus quiser curado do linfoma. Aproveitei a doença para mergulhar na fé, em várias leituras sobre o catolicismo, e isso me deu força e serenidade para enfrentar os desafios. O apoio da família toda, em especial da minha esposa, foi fundamental, assim como o carinho do público em geral, com sua corrente de orações.
Há muita gente boa no mundo. Tudo isso está relatado no meu novo livro Não tema a tempestade, que será lançado no começo de 2026. Um ano que começou com tantos desafios e incertezas termina de forma bem mais leve e otimista para mim, e só posso ser grato a todos que torceram e rezaram pelo melhor.
Que em 2026, apesar do STF, a direita consiga adotar uma estratégia inteligente para derrotar o consórcio PT-STF
Já meu país, que também teve um ano muito atribulado, fecha o ano ainda repleto de incertezas. 2025 foi o ano da perseguição implacável aos bolsonaristas, culminando na prisão de Jair Bolsonaro e parte do seu entorno. Um país que tem general Heleno preso e Dirceu e Cabral soltos não pode ser um país sério.
Neste ano, o STF consolidou sua tirania e o governo Lula seguiu com seu projeto de poder, destruindo a economia, as estatais e as contas públicas no processo. Reverter isso será tarefa hercúlea, ainda mais com esse STF que temos.
Escândalos pesados envolvendo alguns ministros supremos explodiram no fim do ano, e ainda não é possível saber o que ou quem realmente está por trás disso. Fato é que a velha imprensa, que aplaudia os abusos de Moraes e seus cúmplices, mudou de postura, despertou da hibernação e cobra respostas agora. Algo mudou. Será suficiente para nos dar esperanças, ao menos quanto à queda de Moraes?
Enquanto isso, Flávio Bolsonaro foi o escolhido por Jair como candidato, e largou bem. Um Bolsonaro moderado, como ele diz, que tomou até vacina da Covid e consegue dialogar com o centro. Se as eleições fossem transparentes e limpas, haveria uma grande chance de vitória. Mas estamos falando de Brasil, então dúvidas permanecem.
Lula fecha 2025 com rejeição maior que 50%, o que o torna um candidato fraco. Que em 2026, apesar do STF, a direita consiga adotar uma estratégia inteligente para derrotar o consórcio PT-STF e livrar o Brasil deste câncer que vem corroendo as estruturas de nossa democracia capenga. Um feliz 2026 a todos!
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos





