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A dignidade da classe média americana: o xerife mora ao lado
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Certa vez meu ex-chefe contou que um amigo dele fora parado pela polícia americana e tentara subornar o guarda. Big mistake! O oficial não o prendeu, pois viu que se tratava de um turista brasileiro. Mas fez pior (ou melhor): humilhou o cara o levando para ver sua casa ali perto. Mostrou a casa, o barquinho na garagem de frente para um lago, e perguntou: “Está vendo tudo isso? É meu, fruto do meu trabalho honesto”. A cara do sujeito, segundo meu amigo, foi ao chão de tanta vergonha.

Lembrei dessa história agora, quando fui levar meus cachorros para passear e descubro que meu vizinho é um xerife. Estava lá o carro dele, parado na garagem como todos os outros, ostentando sua profissão com orgulho. Eis a foto que tirei:

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Não se trata de um caso isolado. Um amigo meu, também brasileiro e que mora no mesmo condomínio, mas numa área mais nobre, também tem um xerife como vizinho. E não precisa ser um policial corrupto, nada disso. Ao contrário: se fosse jamais “daria bandeira” assim, expondo a todos quem é, pois suscitaria desconfiança e aqui há império da lei. Eles mostram quem são sem problema, pois podem morar aqui de forma honesta.

Meu condomínio é de classe média alta para os padrões americanos. Há casas menores que custam uns $ 300 mil e casas maiores que chegam a US$ 1 milhão (coisa simples para os padrões da esquerda caviar, nada que interessasse um Chico Buarque ou um Lula da vida). Dependendo da época em que compraram, esses xerifes podem ter pago menos ainda. Mas nem é preciso.

Segundo um site que compara o salário dos xerifes no estado, um xerife aqui em Pembroke Pines, ao lado de Weston, ganha em média quase US$ 100 mil por ano! Isso mesmo: mais de R$ 300 mil, ao câmbio de hoje. Dá para viver com muito conforto com esse dinheiro em qualquer lugar do mundo. Aqui, então, melhor ainda, pois além das coisas serem mais baratas, há alavancagem, crédito barato.

Um comprador consegue financiar até 75% de uma casa por 30 anos, a uma taxa perto de 4% ao ano. Ou seja, para comprar uma casa de $ 300 mil, o xerife precisa colocar na frente apenas $ 75 mil, e depois terá uma hipoteca anual que cabe perfeitamente em seu orçamento. Como ele ganha quase US$ 100 mil por ano, basta um pouco de poupança, sem grandes sacrifícios, para comprar uma casa dessas. Nada mal, né?

Especialmente se comparamos com a realidade de nossos policiais, delegados, etc. Alguns precisam esconder as fardas na geladeira com medo de os vizinhos, traficantes ou milicianos, descobrirem sua profissão. Mas os “intelectuais” adoram cuspir nos Estados Unidos, e também na polícia. Ora, como querem melhores policiais sem valorizar seu trabalho, sem endossar o que fazem contra os marginais, preferindo, em vez disso, sempre proteger o próprio bandido? Uma foto de outro vizinho, bem em frente ao xerife, talvez explique melhor a situação:

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Se um xerife na vizinhança não é incomum, isso, então, é a coisa mais comum do mundo! A cada dez casas tem uma ao menos ostentando a bandeira americana. Orgulho, patriotismo, mesmo de quem às vezes nem nasceu aqui (afinal, estamos falando da Flórida). Os Estados Unidos não são necessariamente origem; são destino, escolha de muita gente por conta do que oferece, das liberdades e oportunidades, do império das leis.

A esquerda tenta destruir esse sentimento há décadas, espalhando culpa e vergonha onde há motivo para orgulho e admiração, repetindo que os Estados Unidos são a pior tirania do planeta, assassinos implacáveis, exploradores, etc. Filmes, livros, tudo cuspindo nessa grande nação, desde sua origem, tentando transformar até os “pais fundadores” em nada mais do que escravocratas exploradores. Chomsky, Michael Moore, Howard Zinn e tantos outros que adoram odiar o país que lhes garante proteção e riqueza, mesmo só atacando tudo que ele tem de melhor a oferecer.

A classe média americana não cai nessa. Ela é “conservadora”, gosta de seu hino, sua bandeira, e tem orgulho de sua trajetória, como deveria ter mesmo. Nenhum país é perfeito, mas quando colocamos nos bancos dos réus todos juntos, fica claro que os Estados Unidos se destacam positivamente. Ou alguém vai preferir elogiar a França, a Alemanha ou a Rússia, quem sabe?

Com todos os seus defeitos, o fato é que os Estados Unidos são, ainda, um grande país, que respeita tanto a liberdade de expressão a ponto de deixar o espaço livre – livre até demais, talvez – para seus mais virulentos e hipócritas detratores. Como é fácil detonar o governo do conforto e da segurança daqui! Quero ver fazer o mesmo na Venezuela, na Rússia, no Irã.

Os Estados Unidos são um país basicamente de classe média, e ter xerifes como vizinhos apenas mostra como isso funciona na prática. Na próxima vez que o turista brasileiro for oferecer uma “cervejinha” para um policial aqui, achando-se o mais malandro do mundo, lembre-se que o excesso de malandragem pariu apenas um país de otários, sem lei nem ordem, submetido ao caos do “vale tudo” dominado pelos marginais, defendidos pelos “intelectuais” de esquerda. Que beleza!

Rodrigo Constantino

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