O deputado Eduardo Cunha teve seu mandato cassado por imensa maioria essa semana. Podemos tirar uma importante lição com base na reação que essa notícia gerou, especialmente se compararmos com o impeachment de Dilma.
Não vimos ninguém indo às ruas defender uma tese de golpe, ainda que os mesmos argumentos utilizados por petistas no caso de Dilma se apliquem a Cunha. Ele foi eleito democraticamente, foi julgado pelo mesmo Congresso “sem moral”, fez o que outros antes dele também fizeram e foi pego por um “detalhe”, apesar do conjunto da obra.
Quem pode dizer que a mentira do deputado quanto à conta no exterior é mais grave do que o crime de responsabilidade fiscal? Logo, quem sustenta a “tese” de golpe no caso do impeachment tem, por coerência, que defender a mesma “tese” no caso de Cunha. Por que, então, os petistas celebraram sua saída, enquanto foram para as ruas depredar tudo após o impeachment?
A reação diferente abismal demonstra como os esquerdistas usam e abusam de um duplo padrão moral. Imbuídos da máxima marxista de que seus “nobres” fins justificam quaisquer meios, tudo que importa para um petista é se os crimes favorecem ou não sua “causa”. Dependendo disso, falam em golpe ou soltam fogos de artifício para comemorar a justiça e a ética.
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Rodrigo Constantino
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