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Já tinha comentado aqui sobre a reestruturação do Grupo Abril, que resolveu fechar revistas e demitir cerca de 700 funcionários recentemente. Pouco depois, a empresa deu um passo a mais rumo à bancarrota, e decidiu entrar com pedido de recuperação judicial:

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O Grupo Abril, que edita VEJA e Exame, decidiu entrar com um pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, 15 de agosto. A medida, prevista em lei, serve para que a empresa possa buscar um novo equilíbrio de suas contas, afetadas nos últimos anos por uma combinação de duas forças negativas. Uma delas é a ruptura tecnológica que atinge mundialmente as atividades de comunicação – incluindo o jornalismo e a publicidade. A outra diz respeito aos impactos da profunda crise no Brasil, cuja marca mais evidente foi uma queda acumulada de 10% no produto interno bruto per capita, causando a perda de milhões de empregos e dificuldades para inúmeras empresas.

O pedido de recuperação judicial está sendo formalizado hoje por meio do sistema eletrônico da Justiça. Deve ser analisado por um juiz nas próximas semanas e, uma vez aprovado, o plano de recuperação judicial será apresentado num prazo de 60 dias aos credores da companhia. A dívida submetida à proposta de recuperação judicial é da ordem de 1,6 bilhão de reais. O mecanismo da recuperação prevê um período de 180 dias em que a companhia não pode ser executada, para que a dívida seja renovada após a negociação da empresa com os credores.

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As mudanças tecnológicas sem dúvida criam inúmeros desafios novos, e a crise no Brasil afetou muita gente. Mas não é “só” isso. A Veja, o carro-chefe da Abril, vem perdendo credibilidade desde sua guinada à esquerda, com a chegada de André Petry como responsável, e o público notou a diferença. Muitos passaram a questionar se a revista desejava disputar com a CartaCapital seu mercado, tamanho o viés “progressista” recente.

Outro veículo de comunicação que tem sido alvo de vários ataques nas redes sociais por conta do viés ideológico esquerdista é a GloboNews. Não por acaso, trata-se de outro veículo de comunicação em crise. O fracasso da nova grade tem gerado tensões evidentes na equipe:

A criação de três programas jornalísticos com três horas de duração cada: o “Em Ponto”, o “Edição das 10” e o “Estúdio i” está gerando tensão em todos os níveis da GloboNews.

Segundo a coluna do jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, muitos repórteres estão insatisfeitos, com reclamações sendo feitas até mesmo ao vivo, em função de frequentes erros técnicos, matérias repetidas e, principalmente, por haver uma grande preocupação por conta da baixa audiência.

O “GloboNews Em Ponto”, por exemplo, que é o maior investimento da nova gestão do canal, completa duas semanas no ar com resultados baixos no ibope e, consequentemente, enfrenta dificuldades para atrair anunciantes.

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Em sua estreia, no fim de julho, o programa chegou a dar quase 0,5 ponto de audiência, índice é até respeitável para um canal na TV fechada. Depois disso, no entanto, foi sendo registrada uma queda gradual de espectadores. Hoje, o “Em Ponto” chega a dar média de 0,2 ponto, número muito próximo do chamado “traço” de audiência.

Ainda segundo a coluna de Feltrin, o telejornal estaria abusando de matérias longas e de quadros demorados e cansativos, e os outros dois programas, “Edição das 10h”  e “Estúdio i”, também estariam sofrendo do mesmo problema, uma vez que repetem muitas coisas do “Em Ponto”.

Enquanto isso, o canal no YouTube de William Waack está “bombando”, assim como o programa de entrevistas de Leda Nagle, também no YouTube. A audiência existe, quer um produto de qualidade, está disposta a assistir horas de entrevistas ou documentários (vide o sucesso das séries do Brasil Paralelo). O que o público consumidor não quer é manipulação, filtro politicamente correto, esquerdismo disfarçado de jornalismo.

Em outras palavras: dá para lacrar ou lucrar, mas as duas coisas juntas não dá. Como disse Paulo Martins, quem quiser lacrar na tela vai acabar lacrando a firma. Afinal, os “lacradores” falam para uma minúscula elite culpada, a mesma que vota no PSOL, e esquecem da imensa maioria da população.

Ninguém tem mais saco de ficar vendo tanta distorção, defesa velada do PT, black blocs sendo tratados com respeito, Bolsonaro sendo atacado todo santo dia por qualquer bobagem, campanha de desarmamento, invasão sendo chamada de “ocupação”, terrorista muçulmano desaparecendo das manchetes, Trump sendo alvo de sórdidos ataques, campanha pela legalização do aborto etc.

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A turma precisa entender que o PSOL faz muito sucesso… nas redações dos jornais, não nas ruas! Se os veículos de comunicação insistirem nessa toada, outros pedidos de recuperação judicial virão, ou até mesmo a falência definitiva. Se os obstáculos tecnológicos já são grandes, enfrenta-los com esse filtro ideológico que desdenha da maioria dos consumidores é mesmo suicídio.

Por fim: onde está a Fox News do Brasil?

Rodrigo Constantino