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O grande vencedor do debate da TV Globo foi Aécio Neves, que finalmente resolveu adotar uma postura bem mais firme, sem aquele ar de Mr. Simpatia de antes. Com cara de poucos amigos, soube enquadrar a leviana e irresponsável Luciana Genro, com sua pose de menina mimada, reforçou a lembrança de que Marina foi PT por 24 anos e que sua “nova política” foi contratar para seu ministério vários petistas derrotados nas urnas, e colocou Dilma contra a parede em relação ao fracasso evidente de sua gestão econômica, assim como no caso das quadrilhas instaladas dentro de nossas estatais. Soube, enfim, explorar bem as fraquezas e contradições das adversárias, assim como sua clara vantagem em termos de preparo e equipe.

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Já Marina foi a grande perdedora, em minha opinião. Não apenas pelo visível cansaço físico e abatimento emocional, após tanta pancada nas campanhas recentes, mas por ter deixado sua máscara de moderada mais ao centro cair quando confessou ter um programa de governo muito parecido com o de Luciana Genro, a mais radical de todas, que só sabe culpar o mitológico “capital financeiro” por todos os males do mundo. Não sei que votos ela ganha com essa declaração sincera, mas sei os que ela perde: os de todos aqueles que resolveram acreditar que ela era Giannetti da Fonseca e Lara Resende, e não MST.

Dilma foi… Dilma, a de sempre, com imensa dificuldade de concatenar o raciocínio, mostrando enorme esforço para completar uma frase com começo, meio e fim, e algum elo entre todos. Parece realmente algum problema cognitivo. Logo na primeira fala cometeu ainda um ato falho, quando tentou falar que seu governo era responsável pelo “confisco de bens” dos corruptos, e acabou dizendo “conquista de bens”. Ou seja, o seu governo realmente quer conquistar os nossos bens, apoiando os corruptos. Freud explica.

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Enrolou-se feito uma moréia no anzol ao falar de independência e autonomia do Banco Central, alegando que defende a autonomia, mas não a independência legal. Em outras palavras, quer uma “autonomia” até resolver que não é mais desejável. Como demonstrou em seu governo, tornando o BC subserviente ao Planalto e permitindo a volta da alta inflação. Afirmou, em total desconexão com a realidade, que “a inflação está sob controle”. Só se for sob o controle da Unicamp, rumo aos 10% ao ano!

Dilma ainda conseguiu celebrar a quantidade abissal de 56 milhões de dependentes de esmolas estatais. Para Dilma, quanto mais miseráveis no Bolsa Família, melhor? Presumo que se fossem 100 milhões seria uma conquista ainda maior. Ou seja, o PT vibra com o aumento dos pobres que precisam de programas assistencialistas para sobreviver. Vai adorar a miséria assim lá em Cuba!

Em suma, o debate da Globo tem potencial para colocar Aécio no segundo turno com Dilma, levando em conta que já há empate técnico entre ele e Marina. Para aqueles que, como eu, consideram a candidatura do tucano a mais preparada para enfrentar os desafios que vêm por aí, como resultado das trapalhadas do governo Dilma, isso é alvissareiro.

Rodrigo Constantino