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Por Roberto Ellery, publicado pelo Instituto Liberal

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Quem me conhece sabe que não sou exatamente um entusiasta do modelo de avaliação da CAPES, tenho problemas tanto com a forma que a avaliação é feita quanto com o conceito de uma agência do governo avaliar a pós-graduação e classificar a pesquisa em todo o país. Mas independente de meus questionamentos ou mesmo de meu inconformismo a avaliação é feita e é considerada pela comunidade acadêmica brasileira. Sendo assim resolvi dar uma olhada nos programas de excelência por área de conhecimento.

A comparação é delicada, cada área tem sua própria comissão de avaliação e os critérios utilizados não são exatamente os mesmos. Por outro lado, a CAPES tenta padronizar a avaliação tanto por meio de diretrizes quanto por uma análise posterior dos documentos elaborados por cada área. No saldo geral as notas são muito influenciadas pela área, mas tem alguma consistência entre as diversas áreas. Tal consistência faz com que em todas as áreas centros classificados com notas seis ou sete tenham inserção internacional maior que o de costume na área. Falo isso não por desejar que as notas fossem mais padronizadas ou por dar um valor especial aos critérios de internacionalização usados pela CAPES, pelo contrário, falo apenas para localizar o leitor a respeito dos riscos das comparações abaixo.

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Comecemos com a concentração de programas com notas seis e sete, os ditos centros de excelência. A área Ciências Biológicas III é que tem a maior concentração de programas de excelência, 35% dos programas da área foram classificados como seis ou sete. Em seguida, com 28% dos programas classificados como de excelência aparece a área Ciências Biológicas II. A considerar a avaliação da CAPES os programas brasileiros na área de biologia se destacam em termos de inserção internacional, na área Ciências Biológicas I cerca de 22% dos programas são de excelência. Entre as dez áreas com maior proporção de programas seis ou sete apenas uma, Ciência Política e Relações Internacionais, é de ciências sociais ou humanas, cada um que tire suas conclusões. Na área Economia 18% dos programas ficaram com notas seis ou sete, estamos acima da média que foi de 14% dos programas com nível de excelência. A figura abaixo mostra a proporção de programas seis e sete por área da CAPES.

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