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Bandido preso não lidera pesquisas eleitorais, só rebeliões: o samba institucional
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Estamos todos cansados do escárnio com que o PT e as próprias instituições tratam nossa democracia. Todos já esperavam que o Datafolha colocasse Lula lá em cima nas pesquisas. Não deu outra. E a imprensa repercute como se fosse coisa séria. Mas bandido condenado e preso não pode liderar pesquisas eleitorais. No máximo, pode liderar rebeliões.

Que reuniões de campanha estejam sendo feitas à luz do dia em Curitiba é um soco no estômago da população trabalhadora e honesta. E que, nesse clima de insegurança, em que o dólar dispara para R$ 4 por conta do risco PT, a presidente do STF escolha sambar com a procuradora-geral da República numa rodinha com uma cantora ligada ao PT, isso é intolerável.

Não deixe o samba morrer? Mas pelo visto pode deixar a nação morrer, pode ajudar em seu assassinato! O escritor Martim Vasques da Cunha desabafou: “Enquanto a presidente do STF deseja que o samba não morra, o Judiciário pisa sobre as nossas cabeças ao manter a insegurança democrática e assim permitir que um presidiário continue a competir para o cargo máximo do País, numa letargia que contamina qualquer pesquisa eleitoral”.

Luiz Phillipe de Orleans e Bragança também lamentou o estado de nossas instituições, e puxou uma comparação com a Roma antiga: “Não me choco em ver presidiário nas recentes pesquisas de intenção de voto. Quando Caligula nomeou seu cavalo como Senador expôs o sistema de governo de Roma ao escárnio. Naquele momento o malvado não foi Calígula mas sim o sistema que permitiu a luxúria”.

Já o sempre sarcástico Guilherme Fiuza só encontrou saída na ironia mesmo: “Lula ganha no primeiro turno com 171% dos votos do Datafolha. O resto do Brasil não vota porque está preso do lado de fora da cela”.  Antes, o mesmo Fiuza tinha alfinetado: “Se as eleições fossem hoje, Lula iria passar a lua de mel com os institutos de pesquisa no museu do Carandiru”.

Ana Paula do Vôlei também ridicularizou os institutos de pesquisa: “A pesquisa CNT/MDA de hj não apresenta cenário sem o condenado e presidiário Lula, único cenário previsto e possível pela lei. A pesquisa é tipo a cartinha do Comitê de Direitos Humanos da ONU, não serve pra nada”.

Com todo esse cenário circense, enquanto o povo sente no bolso e na pele os riscos de se viver no Brasil, alguém fica surpreso com o avanço de Bolsonaro? E alguém fica surpreso com a incapacidade de Alckmin, o candidato do establishment, decolar, apesar de toda a verba, tempo de televisão e máquina partidária por trás?

Por conta dessa bolha criada, especialmente no “oásis” de Brasília, poderemos ter uma eleição vista como uma espécie de plebiscito: esse sistema podre, em que representantes máximos da lei acabam em samba com cantora petista enquanto bandido preso lidera pesquisas eleitorais, ou o “outsider” que é odiado por todos esses representantes do sistema e é visto como alguém que pretende combate-lo?

A cada passinho de samba de uma Cármen Lúcia da vida Bolsonaro ganha alguns votos extras.

Rodrigo Constantino

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