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BNDES e os "campeões nacionais": Boibrás
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O BNDES, sob o comando de Luciano Coutinho, o mesmo que na década de 1980 endossava o protecionismo tecnológico que nos condenou ao atraso no setor, vem adotando a política de seleção dos “campeões nacionais”.

Dentro dessa estratégia, tivemos o fracassado caso do Grupo X, de Eike Batista, que recebeu bilhões subsidiados do banco estatal. E tivemos, também, a tentativa de se criar uma espécie de Boibrás, a gigante do setor de carnes com forte apoio do BNDES.

JBS e Marfrig receberam dezenas de bilhões subsidiados do governo. Cheguei a condenar esse caso específico em alguns artigos. Agora, leio na Folha a seguinte notícia:

Em meio às celebrações da virada do ano, o BNDES selou um acordo para, mais uma vez, favorecer o grupo Marfrig, um dos “campeões nacionais” do governo Lula.

Com uma dívida de quase R$ 6,7 bilhões e valendo
R$ 2,1 bilhões na Bolsa, o Marfrig está numa situação financeira muito delicada.

O banco estatal aceitou adiar em um ano e meio o vencimento de uma debênture (título de dívida) de R$ 2,15 bilhões do Marfrig -de junho de 2015 para janeiro de 2017.

O frigorífico também terá seis meses a mais para pagar R$ 130 milhões em juros dessa dívida, que venciam em junho deste ano.

O BNDES concordou ainda em manter um dos pontos mais polêmicos da operação: a conversão das debêntures em ações, a um preço muito acima do mercado.

[…]

O BNDES, por sua vez, tenta postergar um péssimo negócio. Se as debêntures fossem convertidas hoje em ações, o banco pagaria R$ 2,15 bilhões por uma fatia do Marfrig que vale atualmente menos de R$ 400 milhões na Bolsa -um prejuízo de 81,4%.

Até quando veremos passivos o PT transformar o BNDES em uma bomba-relógio por meio dessa “Bolsa Empresário” irresponsável? Quantos calotes a mais serão necessários para que o governo tome juízo e abandone essa política arrogante e ineficaz de seleção dos “campeões nacionais”?

Deixem o mercado funcionar em paz! Quem deve selecionar os vencedores são os próprios consumidores em ambiente de livre concorrência, não meia dúzia de burocratas e políticos “ungidos”. Esse “capitalismo de estado” não funciona. Chega!

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