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Brasileiros confiam duas vezes mais nas empresas privadas do que no governo
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A Folha divulgou pesquisa que mostra uma confiança duas vezes maior dos brasileiros na iniciativa privada do que no setor público:

O levantamento, intitulado “Barômetro da Confiança”, tem como objetivo medir a credibilidade da população em instituições públicas e privadas e foi feito em 27 países, contando com 33 mil entrevistas.

Nele, a confiança no governo registrou 34 pontos percentuais, um ponto a mais que em 2013, colocando o Brasil em 14º lugar no ranking global, acima de Argentina, Rússia, Espanha, mas muito abaixo de Holanda, Suécia ou Cingapura, que lidera com 82%.

A confiança nas empresas subiu de 64% para 70%, o que representa o oitavo lugar no ranking global. Emirados Árabes, Indonésia e Índia lideram a lista.

Não fico surpreso com o resultado. Ou por outra: fico sim, pois como pode cerca de um terço dos entrevistados ainda confiarem no setor público brasileiro? São cegos, por acaso?

O que mais chama a atenção nesse tipo de pesquisa é o fato de que há claramente um espaço enorme a ser explorado eleitoralmente de gente que deseja mais mercado (empresas) e menos estado. Onde está o partido que vai abraçar esta nobre causa?

Sim, reconheço que existe certa incoerência por parte de muitos brasileiros, que desconfiam do governo, confiam mais nas empresas, mas mesmo assim demandam regulação forte na economia, ou seja, o governo sem credibilidade controlando a iniciativa privada mais respeitada.

Não obstante, temos um nicho de “mercado político” a ser explorado. O partido que desenvolver como principal meta o enxugamento da máquina estatal, a redução do escopo do governo, e um grau de liberdade econômica muito maior, poderá conquistar boa parte do eleitorado, cansada de tanto intervencionismo incompetente.

A função dos liberais, aqui, é lembrar constantemente que o estado não é um ente abstrato, formado por ungidos abnegados ou santos clarividentes, e sim por seres humanos imperfeitos sob um perverso mecanismo de incentivos.

Sempre que o sujeito for pedir mais estado, deve recordar da última visita em uma repartição pública e pensar duas vezes se é aquilo mesmo que ele deseja. Porque esse é o estado real, ao contrário daquele idealizado pelos intervencionistas acadêmicos…

Rodrigo Constantino

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