• Carregando...
Caso Marielle mostra representatividade desproporcional de PSOL na mídia
| Foto:

A extrema-esquerda adora reclamar da baixa representatividade das “minorias” em bons empregos ou na política, reforçando sua política de identidade coletivista, em que critérios como “raça”, classe social e preferência sexual são mais importantes do que qualquer outra coisa.

Mas se tem um lugar onde a própria extrema-esquerda tem uma representatividade totalmente desproporcional é na mídia, na mesma que ela acusa de “golpista”. Nos principais veículos de comunicação do país, o PSOL tem uma influência enorme, apesar de representar uma parcela ínfima dos votos populares. E nenhum caso revela isso de forma tão clara como o assassinato de Marielle Franco.

Não só veio a público que a “grande representante dos favelados da Maré” teve quase nada de voto na favela, e quase tudo nas zonas nobres da cidade, onde o PSOL conquista a elite culpada, como a reação na imprensa mostrou o peso do PSOL nas pautas.

O jornal carioca O Globo deu destaque de página inteira à morte da vereadora, enquanto a morte de seu próprio fundador Roberto Marinho teve metade disso. Mas não é “só” isso: o foco da cobertura e de muitas colunas tem se voltado para o aspecto ideológico da vítima, destacado como fator positivo. Flavia Oliveira, por exemplo, atacou aqueles que estão reclamando da politização da morte de Marielle, justamente para frisar todo seu lado ideológico:

Afora o machismo, há sentido político na difamação. O crime bárbaro da quarta-feira, 14 de março, chamou atenção da população para o discurso dos defensores dos direitos humanos e do estado democrático de direito. Mataram uma vereadora, negra, nascida na favela, mãe, dedicada à agenda de valorização da vida de quem quer que seja — pobre, preto, policial, classe média. A execução sensibilizou os que, até então, pareciam surdos à necessidade de estancar a epidemia homicida, que vitima mais de 60 mil brasileiros por ano e ceifou as vidas de Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes.

Restou aos extremistas do campo político oposto plantar informações falsas para levar os neoindignados de volta à apatia. Como escreveu o jornalista Leonardo Sakamoto em seu blog no “UOL”: “Grupos temem que a reação catártica à execução (de Marielle Franco) possa ajudar a mudar o balanço de forças sociais, reduzindo o espaço das milícias de extrema direita na construção de significados coletivos… E isso tem inequívoca influência nas eleições gerais de outubro”.

Só de citar Sakamoto já fica claro o lado ideológico da autora, que quer jogar o holofote não para a pessoa em si que morreu brutalmente assassinada, mas para suas ideias, para o que ela representava. Que representasse o PSOL, defensor da ditadura venezuelana, é algo que merece menção honrosa para esses colunistas, que mostram claro alinhamento político com a vítima. Antônio Gois é outro que vai na mesma linha, entre tantos outros:

Para além da tragédia pessoal (que vitimou também o motorista Anderson Gomes) e política, o assassinato da vereadora Marielle Franco representa um duro golpe para uma sociedade que ainda luta para aumentar a diversidade em seus espaços de poder. Uma importante parte desta batalha depende ainda da ampliação de oportunidades para grupos tradicionalmente excluídos dos níveis mais altos de educação no país.

[…]

Mesmo insuficientes, é importante destacar algumas das políticas públicas que facilitaram esses avanços. A ampliação do financiamento da educação básica (em parte graças a programas como o Fundef e o Fundeb) contribuiu para o aumento das matrículas, permitindo a mais jovens de origem mais pobre a concluir o ensino médio. Ao mesmo tempo, principalmente pela via privada, matrículas no ensino superior mais que quadruplicaram entre 1994 e 2016. E vieram também na década passada ações mais focadas, como as cotas e o ProUni.   

Todas essas políticas – e seu aperfeiçoamento – continuam necessárias num país em que a presença de figuras como a de Marielle Franco em espaços de poder continua sendo, infelizmente, exceção.

O autor não tenta esconder sua preferência ideológica, não só ao elogiar medidas do governo petista, como ao lamentar abertamente que “figuras como a de Marielle Franco em espaços de poder” continuem sendo exceção. Figuras como? Ora, negra, bissexual e, claro, socialista. Afinal, Marielle era do PSOL, e esse fato tem sido tratado por quase todos esses colunistas como um ponto louvável de sua trajetória.

Fábio Pegrucci comentou sobre isso em sua página:

Nós já sabíamos, mas os últimos acontecimentos comprovaram de forma acachapante: a capacidade do PSOL de influenciar e pautar a mídia é inversamente proporcional à sua expressão eleitoral. É impressionante.

Fundado por dissidentes do PT já há longos 14 anos, o partido tem um desempenho absolutamente medíocre nas urnas: nos poderes legislativos, são apenas seis deputados federais, doze estaduais e míseros cinquenta e três vereadores distribuídos entre os mais de cinco mil municípios brasileiros; no executivo, a presença da agremiação é ainda mais irrisória: são apenas duas prefeituras, curiosamente ambas de cidadezinhas do interior do Rio Grande do Norte (Jaçanã e Janduís) que, somadas, têm menos de quinze mil almas (apenas para efeito de comparação, o PRTB, do caricato Levy Fidelix, elegeu dez prefeitos em 2016, mesmo número de prefeituras conquistadas pelo PSDC, de José Maria Eymael).

Registre-se ainda que o primeiro prefeito eleito pelo PSOL (em 2012, para comandar o município fluminense de Itaocara), sequer conseguiu ser candidato à reeleição: após quatro anos de caos administrativo na cidade, Gelsimar Gonzaga (que chegou a ser temporariamente afastado do cargo pela Câmara de Vereadores) teve seu registro de candidatura impugnado pelo TRE. Em 2012, a agremiação também venceu em Macapá (AP), mas depois de eleito, Clécio Luís deixou o partido e filiou-se ao Rede.

Para entender como um partido político tão ruim de voto, praticamente sem nenhuma experiência administrativa e sem qualquer apoio popular consegue produzir tamanho barulho na mídia, é necessário olhar para dentro da própria mídia: é entre os artistas, jornalistas e intelectuais que está o grande patrimônio político do PSOL.

Expressão mais bem acabada da esquerda moderna, o PSOL, com suas pautas difusas – legalização das drogas e do aborto, apoio a movimentos identitários – seduz a super elite, mas é solenemente ignorado pelo povo – pobre, negro, favelado – que diz defender.

O bárbaro assassinato da vereadora Marielle, que a alçou à categoria de celebridade póstuma, fez com que dados das últimas eleições circulassem pelas redes sociais e não deixassem dúvidas sobre o perfil de seu eleitorado: apenas 50 (cinquenta!) de seus 46 mil votos vieram da Comunidade da Maré, supostamente sua base eleitoral; o melhor desempenho de Marielle se deu em zonas eleitorais situadas em bairros de classe média.

No momento em que aquele antigo e decadente Babalorixá, comandante perpétuo da quadrilha que pariu o PSOL, distribui bravatas patéticas, dizendo que “quando voltar à Presidência” implantará uma tal “regulação da mídia”, o partido nanico mais amado na Zona Sul do Rio de Janeiro nada de braçada: contando os dias para receber a visita dos agentes da Polícia Federal que o conduzirão a uma carceragem, ele já sabe que suas ameaças são ridículas.

Sem fazer alarde, sem contar com cargos relevantes e sem precisar ameaçar ninguém, o PSOL já fez isso: já regulou a mídia inteira, sem ter que enfrentar um único protesto; bovinamente, praticamente todas as redações se deixam pautar pelo que seus militantes – trabalhem eles na própria redação ou não – definem como sendo a verdade dos fatos.

Para o PSOL, o PT versão 2.0, talvez até seja interessante que Lula passe uma boa temporada atrás das grades para que se transforme em um ingrediente a mais no caldo de cultura que resulte em uma reedição muito maior e mais radical dos protestos de 2013. É com isso que eles sonham todos os dias. O PSOL quer desestabilizar o governo: o presente e o próximo. O PSOL quer quebrar tudo.

Como podemos ver, a única Maré que Marielle representava era a Maré Vermelha! A esquerda caviar pensa que fala em nome do povo, mas o povo não quer nada com a esquerda radical.

O PSOL, como podemos ver, tem enorme peso na pauta da imprensa, grande espaço nas colunas dos jornais. Só não tem mesmo é voto! Se dependesse só da mídia, o PSOL seria o maior partido do Brasil, e o país estaria ainda mais perto da realidade venezuelana. Felizmente, o eleitor não segue aquilo que esses jornalistas desejam. Nem mesmo, vale notar, os supostos beneficiados pelas políticas socialistas, uma vez que era na elite, não no povão, que a própria Marielle encontrava mais adesão.

Rodrigo Constantino

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]