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Chico Buarque é um Deus para muitos brasileiros retardados. Não ouse falar mal desse símbolo nacional! Mas o problema do compositor não é “apenas” defender o PT, o que já seria grave. Ele sempre defendeu o que há de pior, foi garoto-propaganda do regime cubano, o mais nefasto e assassino do continente, faz apologia ao crime dos invasores do MST etc. Chico flerta com a bandidagem não é de hoje.

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E não pense que exagero por questões ideológicas. Antes fosse! A imagem criada por Chico Buarque na mente das pessoas é a da vitimização dos “oprimidos”, que acaba justificando todo tipo de crime. O compositor Chico Buarque tem tudo a ver com essa mentalidade do “coitadismo”. Os “bandidos do bem” podem não ser uma criação sua, mas receberam grande incentivo do artista petralha.

E ele mesmo confessa que seu “passatempo” na juventude era roubar carros, ou ao menos depredá-los. Uma “brincadeira” de filhinho de papai idiota, sem limite, com o rei na barriga, sentindo-se impune e aplacando seu tédio “burguês” com adrenalina “revolucionária”. Vejam a confissão:

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Atentem para o absurdo da coisa, para a naturalidade com a qual o delinquente relata suas “brincadeiras”, como se fossem a coisa mais normal do mundo. Não tem maconha ou cocaína? Então vamos roubar uns carros mesmo! O leitor acha isso razoável? Quando se sente entediado, você por acaso sai por aí quebrando propriedade alheia e roubando?

No meu Esquerda Caviar, entre as vinte possíveis origens do fenômeno, identifiquei justamente o tédio dos burguesinhos mimados. Escrevi:

Não podemos excluir ainda o puro tédio como imã para a esquerda caviar. Vivendo vidas seguras e confortáveis, fúteis e vazias, a fina flor da esquerda abraça ideias revolucionárias ou exóticas apenas para afastar de si a angústia de suas existências. A sociedade da abundância ajuda a parir os radicais chiques. São os “senhorzinhos satisfeitos” de que falava Ortega y Gasset.

Normalmente incapazes de se enquadrar ao sistema, por considerarem aquelas pessoas de classe média “felizes” com suas distrações burguesas, tais como novelas e futebol, um bando de alienados, esses membros da elite entediada partem para aventuras mais radicais. Eles precisam “cair fora” (drop out) da sociedade, buscar alternativas que ofereçam um novo sentido a suas vidas.

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[…]

Os “revolucionários” de Maio de 68 mostraram como uma turma rica e alienada pode ter necessidade de dar vazão à sua “pulsão de morte” destruindo as coisas em volta, atacando a própria riqueza que usufruem, mas desprezam. Querem ser os heróis dos “oprimidos” e injetar um pouco de adrenalina em suas vidas tediosamente confortáveis, porém vazias e fúteis. E querem apagar o passado de vergonha, como interpretou Nelson Rodrigues:

Eis o que me ocorreu: a França tem todo um potencial de heroísmo inédito, frustrado. Não fez a guerra, e repito: os outros lutaram por ela. Os alemães perfuraram Sedan e deslizaram em solo francês. E todo o povo, com atraso de vários anos, precisa sentir-se herói. Cada carro virado é um tanque alemão. Os franceses estão fazendo a guerra. Essa ferocidade tardia, espetacular, é uma vingança contra a capitulação.

O dramaturgo brasileiro ainda espetou os “revolucionários” daquela época: “Fazer greve na França é muito menos arriscado do que atravessar uma rua na Guanabara”. Os “heróis” da época clamavam por algumas cacetadas da polícia, e aqueles que eram presos temporariamente contavam vantagem sobre os demais. Era motivo de orgulho ostentar uma prisão, mas eles sabiam que, no fundo, não corriam risco real nesse sistema “repressor”.

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Maurice Jouyex, revolucionário sindicalista dessa época, deu voz ao sentimento de muitos quando escreveu sobre sua experiência pouco tempo depois:

Para mim, militante revolucionário, era algo incompreensível: era de fato uma brincadeira, uma vontade de fazer qualquer coisa, a vontade de mandar à merda o pai, a mãe, o professor e os políticos.

E o manifestante atual, jogando pedras nos policiais e depredando patrimônio público, pensa que inventou a roda! Trata-se apenas de um farsesco revival desse clima revolucionário de outrora, quando vários jovens de classe média canalizavam para os protestos sua fúria da vida. Qualquer semelhança com as manifestações de junho no Brasil não é mera coincidência.

Esse tédio rebelde, alimentado pelo conforto ocidental (há menos ócio quando se luta para sobreviver com o básico), pode levar a extremos ideológicos ou físicos. Muitos jovens buscam as drogas ou “tentam” se suicidar (quem realmente quer, normalmente consegue) em busca de emoção e atenção. É um grito de desespero. Theodore Dalrymple, que trabalhou com centenas dessas pessoas, escreveu em Life At The Bottom:

A maioria das vitimas de overdose – não todas, é claro – vive em um vazio existencial. Deles são vozes chamando de um abismo – um abismo criado em grande parte pela ideia, vendida por gerações de intelectuais, de que a segurança material e as relações humanas sem restrições de qualquer tipo de necessidade libertariam a humanidade, para além dos sonhos do passado obscuro ou de eras menos afortunadas.

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Agora ficou mais claro entender os motivos que levam Chico Buarque a se calar sobre petrolão, mas escrever música de “protesto” contra o governo Alckmin em defesa de “estudantes” vagabundos mobilizados por partidos de extrema-esquerda que invadem e depredam escolas em vez de estudar?

Rodrigo Constantino