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Cinco policiais são mortos e ao menos seis feridos em Dallas, no Texas
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Cinco policiais morreram baleados por atiradores na noite de quinta-feira, em Dallas, nos Estados Unidos, durante protestos contra violência policial. A manifestação no Texas era uma das muitas demonstrações em cidades americanas, após a morte de dois negros em ações policiais em Louisiana e de Minnesota durante a semana.

Segundo a rede CNN, três suspeitos estão sob custódia da polícia e um teria se suicidado, após uma hora de negociação com policiais, enquanto estava entrincheirado em um estacionamento. “Ele disse aos nossos negociadores que o fim se aproxima, que iria ferir e matar mais policias. E afirmou que há bombas por todos os lados na garagem e no centro de Dallas”, declarou o chefe de polícia, David Brown

A episódio começou ao final do protesto, quando dois homens “começaram a atirar contra os policiais a partir de uma posição elevada”, relatou Brown. Eles apontaram claramente contra os policiais e também deixaram outros seis agentes e um civil feridos, afirmou o oficial. É o caso com maior número de morte de policiais nos Estados Unidos desde o 11 de setembro de 2001.

Ainda faltam mais informações, mas tudo indica que foi uma “retaliação” contra os negros mortos por policiais em Louisiana e Minnesotta recentemente. O massacre de policiais se deu num protesto do Black Lives Matter, que tem adotado tom cada vez mais violento. Um dos suspeitos teria dito que “o fim está chegando”, e que bombas estariam espalhadas pelo local. O presidente Obama lamentou o ocorrido, chamou-o de “ataque vicioso”.

Mas o que Obama tem feito de fato para melhorar a situação? Quem lembra de sua fala quando outro “afrodescendente” foi morto, Treyvon Martin? Ao usar e abusar da cartada racial em sua campanha – e seu governo é uma eterna campanha – Obama tem alimentado a chama racial, o ódio entre as diferentes “raças” no país.

Ele foi eleito com a promessa de um país pós-racial, de que agora, finalmente, com um presidente americano negro, a nação teria paz entre as duas “raças”. O que aconteceu na prática? Desde o fim da escravidão e das conquistas dos direitos civis não se vê tanto antagonismo, tanta divisão. O que aconteceu?

A esquerda “progressista” tem fomentado o discurso de ódio, apesar de fingir o contrário. Sua retórica cria mais divisão, não menos. A “marcha dos oprimidos”, a “revolução das vítimas”, tudo isso tem produzido o efeito contrário daquele esperado pelos inocentes úteis da esquerda, pelos românticos.

Ao só enxergarem “raça” e insistirem há anos num ataque aos policiais, esses movimentos raciais têm jogado mais lenha na fogueira. Alguns negros conservadores, como Thomas Sowell ou Walter Williams, fazem perguntas incômodas. Por exemplo: muitos falam dos negros vítimas de crimes ou da polícia, mas quantos negros praticam os crimes?

Achar que é possível acabar 100% com o “profiling” é de uma infantilidade ímpar. O policial sempre vai levar em conta estatísticas, teoria dos grandes números, circunstâncias. Se ele faz uma abordagem em determinado bairro com determinado perfil de suspeito, claro que seu grau de tensão estará diferente, por exemplo.

Ninguém precisa negar erros ou mesmo crimes cometidos por policiais para aceitar que a retórica dessa esquerda racial tem sido absurda, ao cuspir em toda a força policial e alimentar esse ódio. Conhecemos bem no Brasil essa postura covarde, de socialistas como Marcelo Freixo e companhia, que gostam de pintar a polícia como “fascista” que persegue negros e pobres do nada, como se as favelas não fossem verdadeiras fortalezas do crime!

O que vimos em Dallas não foi um “protesto”, foi um ato terrorista nefasto, que demonstra o grau assustador em que chegou a tensão racial nos Estados Unidos. Já há indícios até de recriação da abjeta KKK, como uma reação a esses grupos raciais violentos e criminosos. Não é saudável ver essa escalada de racismo de ambos os lados. O presidente “pós-racial” não poderia ter fracassado mais em uma de suas mais importantes promessas. São tempos perigosos…

Rodrigo Constantino

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