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Copa do Mundo: atraso, incompetência e roubalheira
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O presidente da Fifa, Joseph Blatter, voltou a criticar o atraso nas obras para a Copa do Mundo-2014. Em entrevista para o jornal suíço “24 Heures”, o dirigente afirmou que o país apresenta as obras mais atrasadas desde que trabalha para a Fifa.

“O Brasil ficou ciente do que é a Copa do Mundo agora. É o país que teve mais tempo para executar as obras. Foram sete anos. É o país mais atrasado desde que estou na Fifa”, disse Blatter, que trabalha para entidade desde 1975, quando exercia a função de Programas de Desenvolvimento Técnico da Fifa. Ele assumiu a presidência em 1998.

Dos 12 estádios que serão utilizados na Copa do Mundo-2014, seis ainda não foram inaugurados: a Arena Amazônia, em Manaus; a Arena das Dunas, em Natal; a Arena Pantanal, em Cuiabá; o Itaquerão, em São Paulo; a Arena da Baixada, em Curitiba; e o Beira-Rio, em Porto Alegre.

O prazo final exigido pela Fifa foi no último dia 31 de dezembro.

Quantos bilhões foram gastos, do nosso dinheiro, para fazer esses estádios? Por que o Brasil precisa de um estádio novo em Manaus? Como vai se sustentar após a Copa? Qual será a fiscalização com a necessidade, esperada, de finalizar as obras a toque de caixa, com urgência?

Assim é o Brasil. Tudo muito previsível. Sabíamos que a Copa custaria uma fortuna, que haveria corrupção, desvio de recursos escassos para “prioridades” altamente questionáveis, e muita incompetência na gestão estatal nessa organização.

Mas nem sempre foi assim. Segundo circula pela internet (Fonte: Zero Hora, Porto Alegre, RS, Sexta-Feira, 11/03/1983 via Blog Coluna Esplanada), o presidente Figueiredo teria recusado investida da CBF para realizar a Copa de 1986 no país.

O presidente teria dito: “Você conhece uma favela do Rio de Janeiro? Você já viu a seca do nordeste? E você acha que eu vou gastar dinheiro com estádio de futebol?”. Em sendo verídico tal diálogo, Figueiredo deu um show de responsabilidade ao colocar a austeridade e demais prioridades na frente da demagogia e do “pão e circo”.

Copa 30 anos ZH

Há quem não ligue para nada disso. Quem pense que isso não passa de chatice de “neoliberal”, ou quem ache que, no Brasil, as coisas sempre foram assim mesmo, então paciência: melhor ter a Copa aqui, divertir-se mesmo em meio à esculhambação geral, e vida que segue. É nosso “jeitinho”, e futebol, afinal, é a paixão nacional número um.

Discordo, claro. Se continuarmos pensando assim, nunca iremos evoluir. Por essas e outras gravei um vídeo, à época da escolha do Brasil como anfitrião da Copa de 2014, fazendo uma campanha para que a Fifa retirasse o evento do país. Eis meus argumentos, que continuam inalterados e até comprovados pelas notícias recentes:

httpv://youtu.be/hqDCU9E5BSQ

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