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Por Ricardo Bordin, publicado pelo Instituto Liberal

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Todo mundo já deve ter tomado conhecimento de que um atleta profissional de voleibol chamado Rodrigo, que atuou em ligas masculinas até os 31 anos de idade, resolveu recentemente declarar-se como pertencente ao sexo feminino, e, sob a alcunha de Tiffany, vem carimbando o peito das adversárias de cromossomo XX com boladas de dar dó — e raiva ao mesmo tempo.

Desde seu primeiro lacre, digo, saque, muito já foi dito sobre o assunto: até mesmo os próprios médicos que liberaram sua participação no torneio feminino nacional alertaram que sua vantagem sobre as demais jogadoras seria descomunal; a colunista do Estadão e medalhista olímpica Ana Paula Henkel publicou um artigo manifestando sua contrariedade à permissão, enfatizando que tal prática, caso vire tendência, pode vir a implicar no fim do esporte feminino (quem vai contratar mulheres biológicas se as trans quase acham petróleo na quadra do oponente com suas potentíssimas cortadas?); e a celeuma continua até a presente data.

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Mas atenção: há um novo argumento, que foi trazido à baila neste imbróglio por aqueles que consideram descabida tal situação, que pode acabar virando um tiro no pé — mais forte que o ataque da Tiffany. Observe, por exemplo, este vídeo editado pelo pessoal do Caneta Desesquerdizadora, e reparem no que diz a médica entrevistada sobre o fato de que Rodrigo começou sua “transição” demasiadamente tarde. Ela é taxativa: como desde o útero da mãe o corpo do homem desenvolve-se de forma a tornar-se mais forte que o da mulher, “quanto mais a pessoa tardar para começar a tomar hormônios para mudar de sexo, mais vantagens este atleta irá apresentar”.

Opa: este discurso era tudo que os adeptos da ideologia de gênero queriam ouvir! Se este é o problema, então basta começar a administrar hormônios do sexo oposto e/ou bloqueadores de puberdade quando os “trans” ainda são crianças recém saídas do berço, correto? Bingo!

Quem sabe já não começamos, então, a misturá-los na merenda escolar das meninas que vez por outra tenham brincado de carrinho com os coleguinhas no recreio, ou dos meninos que já tenham cantarolado músicas da Anitta em sala de aula — tudo bancado com dinheiro de impostos e dispensando a aprovação dos pais “retrógrados”, por certo.

Perceberam o rumo que esta conversa está tomando? É necessária muita cautela para que a emenda não saia pior do que o soneto, para que não saiamos para buscar lã e voltemos tosquiados.

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Quando alguém me diz que seu cachorro é vegano, eu sei muito bem quem foi que incutiu tais hábitos alimentares no pobre bichinho — e que certamente não foi uma decisão espontânea daquele ser carnívoro por natureza. No mesmo sentido, quando alguém diz que um menino de 8 anos sente-se menina (como a drag queen canadense Lactatia), sabemos perfeitamente que, em verdade, foram adultos que, no afã de pagarem de “mente aberta” ou por assistirem muita televisão, convenceram-lhe a respeito de algo que esta criança sequer logra compreender — muito menos as consequências futuras de “sua” decisão.

Situação semelhante vive Jazz Jennings, protagonista de uma série de TV americana, descrita pela emissora como “uma garota transgênero de 14 anos, mas que desde os 2 anos de idade já sabia que não era um menino”.Ora, como isso seria possível para um ser humano que ainda mal balbucia as primeiras frases? Os pais, segundo consta, sempre a “apoiaram” (leia-se: fomentaram a confusão mental no próprio filho) e, desde os 5 anos, ela se apresenta como menina. Jazz possui um canal no Youtube com seu nome, que possui mais de 364 mil inscritos. Dá dinheiro mesmo ser um pai “progressista”, não?

É justamente para este desfiladeiro esquizofrênico que o caso de Tifanny está enveredando. E se alguém acha covardia uma mulher tomar uma bolada daquelas nos beiços, muito mais deformado revela-se o caráter de quem visa garantir que crianças venham a ter seu desenvolvimento comprometido, sua sanidade mental ameaçada, seu amadurecimento prejudicado e sua própria felicidade posta em risco.

Eu costumava, durante certo período da infância, sair correndo pelo jardim de casa tendo certeza em minha mente que eu era o Jaspion. Mas nem por isso meus pais acharam que eu deveria ser submetido a cirurgia pra tornar meus olhos puxados e deixar-me mais parecido com o super-herói japonês. O tempo encarregou-se de me convencer de que não nasci com habilidades sobrenaturais. Zero trauma.

Só que cidadãos perturbados e facilmente moldáveis pela classe falante irradiadora de “novos conceitos” (meio artístico, mídia jornalística e centros acadêmicos) consistem em tudo o que políticos de carreira e os oligarcas que orbitam ao redor do Estado mais almejam, no intuito de eternizar-se no poder. Querem eles tornar disfuncionais (e, portanto, dependentes de assistencialismo e paternalismo governamental; as recentemente instituídas cotas para transexuais em concursos públicos e exames seletivos de universidades são um triste exemplo) todas os núcleos familiares da sociedade — menos os deles mesmos, por óbvio.

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No corrente set desde jogo n’onde todas as nossas liberdades individuais podem estar em disputa, estamos perdendo de lavada. Precisamos virar esta partida urgente. Se não por nós mesmos, por nossos filhos!

PS: Escutem o podcast Ideias sobre esse tema: