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Descobriram “the hard way” que a biologia importa: o caso de Lea T.
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Uma das coisas mais bizarras de nossa época é essa ideia maluca de que a biologia não importa e que a “identidade de gênero” é uma questão de escolha individual ou construção social. Homem ou mulher? Tanto faz, vale o que cada um disser, e que a “mulher” que nasceu por acaso em corpo de homem possa simplesmente mudar essa limitação chata da natureza maldita, de preferência custeada pelo estado. É mais ou menos o mundo estranho que os “progressistas” criaram.

Mas claro que a realidade não é bem assim, que a natureza não se curva aos caprichos dos indivíduos mimados, e que não se brinca impunemente com sexo. Outrora todos diriam que quem jura estar no corpo errado sofre de algum problema mental, que precisa de ajuda profissional, que vive um sofrimento por conta dessa evidente perda de elo com sua natureza inalienável. Hoje tem maluco achando que se uma criança resolve que gostaria de ter outro sexo, então não há mal algum nisso e os pais devem ser “tolerantes” e “compreensivos” e ajudá-lo logo a fazer uma cirurgia.

Como sempre, as ideias nefastas da esquerda têm consequências sérias, normalmente nos outros. Afinal, esse “progressismo” costuma ser parido na cabeça de gente da elite, muitas vezes pessoas que não conseguiram lidar com os próprios problemas e, em vez de buscar ajuda, resolveram mudar o mundo todo com ideologias, construi-lo à sua imagem. Foucault vem à mente, como tantas feministas (Virginia Wolf e Betty Friedan, entre outras). Ou o depravado do Alfred Kinsey. Enfim, a lista é enorme.

Esses “progressistas” acabam espalhando ideias estapafúrdias, que fazem vítimas aos montes, muitas vezes no andar de baixo. Na era moderna, uma das principais aberrações disseminadas por essa turma é justamente essa coisa de “identidade de gênero”. Se um jovem insistisse no passado que gostaria de ser mulher e arrancar o pênis fora, seus pais provavelmente o levariam a um bom psiquiatra. Hoje, falar em desvio de comportamento ou anormalidade já é algo “ultrapassado”, pois nada é normal, tudo é questão de gosto e desejo, e ninguém tem nada com isso. Só poderia dar errado.

O caso de Lea T., a filha do jogador Toninho Cerezo, tem despertado a atenção de muitos. Em entrevista recente ao “Fantástico”, “ela” disse que a cirurgia que mutilou seu órgão sexual não trouxe a esperada felicidade, e que se arrepende. Tarde demais, não? Eis alguns trechos:

Eu fiquei um mês, sentindo dor, pensando nisso. Eu não aconselho essa cirurgia pra ninguém. Eu achava que a minha felicidade era embasada na cirurgia. Mas, não foi. Não é isso. […] Eu nunca vou ser cem por 100% mulher. […] Eu calço 42. Eu tenho uma mão enorme, eu tenho o ombro largo. Eu tenho umas coisas masculinas no corpo. […] Em relação a uma relação sexual, ai você é uma mulher.  Mas em relação a ter uma historia com você, ai você é uma transexual. Você é um homem. […] Eu gostaria [de ser mãe]. Eu acho que é uma das coisas que eu posso te dizer que eu notei em mim, que é feminino. Muito feminino. Que é esta coisa da maternidade. Dessa coisa de querer ser mãe. Talvez muito mais que ter um príncipe encantado. Acho muito mais importante.     

Um comentário recente em “O Dia” mostra que o caso parece ainda mais grave:

Famosa mundialmente, Lea T está vivendo um drama. Amigos próximos à modelo e estilista dizem que ela se arrependeu de ter feito a cirurgia para mudar de sexo. Tanto que, atualmente, ela não se relaciona mais com homem.

E isso não é tudo. Enquanto você, eu e todo mundo achava que ela estava só no glamour em Milão, Lea T tem passado a maior parte do seu tempo reclusa na fazenda da família em Minas Gerais. Sempre que vem ao Brasil, Lea faz um esforço enorme para que ninguém saiba sobre seu paradeiro. Ela chega a pegar o avião disfarçada com peruca e óculos escuros. Quem conhece a moça, diz que a modelo vive rezando e não vê solução para sua vida. Lea já revelou a um amigo na Itália que se arrepende da operação, mas nunca voltaria a se chamar Leandro Medeiros Cerezo. Ela também confidenciou que não tem vontade de voltar a usar roupas masculinas.

Solidarizo-me com a dor e o sofrimento “dela”, mas seu caso deveria servir de alerta. Cortar o pinto fora não é como fazer uma tatuagem aos 16 anos; é algo de que não dá para voltar atrás depois, e deixa uma cicatriz eterna. Pode ser o caso de uma quase necessidade em algumas pessoas, em que a alternativa de preservar o que a natureza lhes deu seja ainda pior? Talvez. Mas isso será analisado caso a caso, sem essa banalização incentivada pela esquerda “progressista”, sem nessa negligência para com os fatores biológicos.

Ao transformar algo tão sério e dolorido em uma simples questão de “escolha”, deixando de lado os claros problemas psicológicos que isso sinaliza e acarreta, o “progressismo” tem ajudado a piorar, e muito, o mundo, destruindo valores e induzindo indivíduos a fazer coisas das quais vão se arrepender depois, quando já for tarde demais. O mundo seria um lugar infinitamente melhor se esses “progressistas” tratassem de seus próprios problemas psicológicos, em vez de ingressarem numa campanha abjeta de que o grande problema psicológico é acreditar em alguma normalidade, ainda mais se ligada à biologia.

Rodrigo Constantino

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