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Dia do Trabalho e Venezuela: “encurralados” entre escravidão e liberdade
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Vários países celebram nesta quarta o Dia do Trabalho. A data tem origem em uma manifestação ocorrida em Chicago no final do século 19, que acabou em tragédia. Desde então, os socialistas utilizam o 1o de maio para manifestações de cunho ideológico contra o capitalismo. Mas faz sentido isso?

Quem fez mais pelos trabalhadores: o capitalismo ou o socialismo? Quem permitiu crescentes salários e melhores condições de trabalho: a concorrência de empresas em busca do lucro ou os sindicatos?

Os trabalhadores que desfrutam dos maiores salários são justamente aqueles dos países mais capitalistas, com ampla liberdade econômica. Via de regra, há menos intervenção estatal na economia desses países, assim como no próprio mercado de trabalho. Vários desses países ricos sequer contam com salário mínimo, férias remuneradas, 13o salário ou outras “conquistas” celebradas por aqui. Entretanto, isso não é impeditivo para rendimentos melhores. Qual o segredo?

Não há mágica. Esses trabalhadores recebem mais porque são mais produtivos, em boa parte pela melhor qualificação, e também porque há maior concorrência entre as empresas. Quando muitos empregadores disputam a mão de obra escassa, seu valor tende a aumentar. Faz sentido: se uma empresa pagar um salário baixo para alguém eficiente, então outra empresa poderá contratá-lo pagando mais e ainda assim lucrar com isso.

É o capitalismo liberal o maior aliado dos trabalhadores. Esses protestos que marcam o feriado de hoje, organizados por máfias sindicais, pregam justamente medidas que punem os trabalhadores. Não por acaso Vagner Freitas, presidente da CUT, publicou um texto na Folha contra a Nova Previdência e a favor de Lula Livre, enquanto a ditadura venezuelana, apoiada por essa turma, atropelava a população nas ruas de Caracas, destruída pelo socialismo. Não tem samba de Beth Carvalho capaz de aliviar o terrível legado trabalhista. Quem realmente ajuda o trabalhador é o capitalismo.

E por falar em Venezuela, Guaidó tentou uma jogada arriscada, e infelizmente o apoio recebido pelos militares ficou aquém do necessário para depor Maduro. Não foi dessa vez ainda que o ditador socialista caiu. Mike Pompeo chegou a afirmar que Maduro tinha um avião pronto para fugir para Cuba, mas que foi convencido pelos russos a permanecer. A situação venezuelana se aproxima de uma inevitável guerra civil, pois os cúmplices de Maduro temem retaliações se abandonarem o poder.

A destruição da Venezuela é mais um caso que expõe o perigo socialista. Como já disse Trump, o socialismo não deu errado na Venezuela, mas certo: é esse o resultado inexorável dos meios pregados pela esquerda radical. Combate ao lucro e à iniciativa privada, nacionalização de empresas, concentração de poder no governo federal, planejamento central da economia: esse caminho não tem como levar a um destino diferente do venezuelano. Foi assim em todos os países que tentaram aplicar os “ensinamentos” de Marx e Engels.

Não obstante, é muito raro ver na imprensa quem dê nome aos bois e aponte o verdadeiro culpado pelo caos. Poucos falam diretamente do socialismo como responsável pela tragédia humana na Venezuela. Esses efeitos, porém, já foram previstos há 75 anos pelos economistas austríacos. Em 1944, Friedrich Hayek advertiu em O Caminho para a Servidão que a tirania inevitavelmente ocorre quando um governo exerce controle total da economia através do planejamento central. Mais de meio século depois, começando com a revolução de Hugo Chávez, a Venezuela iniciou seu próprio caminho para a servidão, expropriando milhares de empresas e até indústrias inteiras.

Hoje, 90% dos venezuelanos vivem abaixo da linha da pobreza e as taxas de inflação ultrapassam 1 milhão por cento. Um número recorde de crianças está morrendo de desnutrição, e quase todos os hospitais do país estão inoperantes ou precisam de suprimentos médicos básicos, como acontece em Cuba. As freqüentes quedas de energia em todo o país deixaram, às vezes, até 70% da Venezuela no escuro.

Enquanto isso, Maduro vive no luxo e frequenta restaurantes caros. O ditador socialista eventualmente cairá, pois a situação é insustentável. Espera-se que sem muito derramamento de sangue. Mas era melhor ter aprendido a lição dos liberais, não é mesmo?

Para a jornalista Míriam Leitão, porém, a Venezuela está “encurralada”, pois precisa escolher entre o ditador Maduro, que destruiu o país com o socialismo, ou Guaidó, que é apoiado pela América de Trump (e vários outros países decentes). A esquerda vê dilema entre escravidão e liberdade, entre socialismo e capitalismo. O ranço antiamericano da nossa esquerda parece ser eterno mesmo!

PS: Criticar o governo Bolsonaro quando enxerga algo errado é a obrigação de todo analista independente, claro. Mas daí a ser indiferente entre sua eleição ou a do preposto de Lula, que representaria a volta do PT socialista ao poder, quadrilha que apoia até hoje a ditadura venezuelana, vai uma longa distância. Aquela que separa gente séria de vagabundo defensor do comunismo…

Rodrigo Constantino

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