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Eis aí a "diversidade" resultante desse "empoderamento" todo.
Eis aí a "diversidade" resultante desse "empoderamento" todo.| Foto:

Em artigo publicado hoje no GLOBO, Flávia Piovesan, a escolha mais equivocada do governo Temer, ataca o projeto Escola Sem Partido (mais uma a engrossar o coro). Pede ajuda a colegas ligados a essa mesma agenda “globalista” que tem na ONU seu maior ícone. As intenções parecem lindas, assim como as palavras usadas: “pluralismo”, “igualdade”, “paz”.

Na prática, porém, trata-se justamente da revolução socialista em curso, que faz uso desses belos conceitos para impor uma agenda estatizante que vai minando a autoridade familiar e transformando os alunos em papagaios “progressistas”, incapazes de pensar por conta própria. Diz o artigo:

O Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos da Unesco e do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos também é claro ao reforçar a importância de se construir uma cultura de educação em direitos humanos em todos os níveis de ensino, calcada no pluralismo e na liberdade de expressão e pensamento.

A educação é tanto um direito humano em si mesmo quanto um direito de “empoderamento” a impactar o modo pelo qual os demais direitos são exercidos. Para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a educação é essencial para a promoção dos direitos humanos, da igualdade de gênero, da cultura da paz e da não violência, da valorização da diversidade, da democracia e para a construção de sociedades justas, pacíficas e inclusivas, pautadas no desenvolvimento sustentável.

Neste contexto, é fundamental assegurar o direito à educação que permita transitar de uma cultura de negação e violação a direitos para uma cultura de afirmação e promoção de direitos; de uma cultura de violência para uma cultura da paz; de uma cultura de discriminação e intolerância para uma cultura de respeito e diversidade. Daí a mais veemente defesa de uma escola pautada pela educação em direitos humanos, no marco de uma sociedade pluralista, livre e democrática.

Só ao usar o termo “empoderamento” já fica claro o viés ideológico. Quem pode ser contra os direitos humanos? O pluralismo de ideias? A paz? Mas é exatamente isso que essa agenda “progressista” não coloca em prática. Os direitos humanos se transformam em defesa de marginais e ataque aos policiais. O pluralismo se torna o samba de uma nota só, com todos tendo de rezar a mesma cartilha politicamente correta, com total hostilidade aos que ousam desafiá-la.

Eis o segredo da esquerda radical: posar de moderada e fazer uso de palavras como “sustentável”, “diversidade” etc. É puro embuste, e basta uma rápida observação no mundo real para perceber isso. A “igualdade de gênero”, por exemplo, é feminismo radical disfarçado. A “liberdade de expressão” significa concordar com esses “ungidos” que pensam falar em nome do povo, de todos. É pura inversão.

De nada adianta citar tais entidades internacionais, como a ONU e a Unesco, quando se sabe que essa pauta de doutrinação esquerdista pertence justamente a esses “globalistas”. Não é algo nacional, e sim internacional, bancado em boa parte pela fortuna de gente como George Soros, o especulador bilionário que financia essa agenda no mundo todo. Ao resenhar o livro Maquiavel Pedagogo, mostrei que o problema não é exclusivamente nosso, e sim do mundo todo:

Tudo isso, não custa lembrar, não são teorias conspiratórias, mas conclusões feitas com base nas próprias declarações dos principais pedagogos e organizações internacionais. Gente como John Dewey, socialista, Stanley Hall, coletivista autoritário, e Paulo Freire, marxista, ajudou a criar uma legião de discípulos que dominaram a pedagogia em nível mundial.

Dewey, que era furiosamente contrário ao individualismo, rejeitava inclusive a noção de inteligência como algo individual. A inteligência “puramente individual” passa a ser um obstáculo antissocial e reacionário ao “avanço” social, que precisa ser derrubado em nome do progresso. Qual progresso? Aquele liderado por uma elite educada que guia uma massa de autômatos?

Porque não resta dúvida de que fechar o “acesso à instrução, à verdadeira cultura e à liberdade intelectual e espiritual”, como tal revolução pedagógica efetivamente faz, acaba por condenar um enorme contingente de alunos à escravidão velada, enquanto a elite dos próprios pedagogos goza de imenso poder sobre eles. Chamar isso de educação, eis a maior injúria que pode ser feita àqueles que desejam uma educação verdadeira!

Michel Temer cedeu à pressão das feministas, da turma dos “direitos humanos”, dos “progressistas”, e colocou Flávia Piovesan na secretaria de Direitos Humanos, que deveria ter sido extinta (é eufemismo para pregação ideológica). Ela agora mostra a que veio: defender essa agenda “globalista” recheada de ideias coletivistas e autoritárias, que têm na família tradicional e no cristianismo seus maiores alvos e inimigos.

PS: A enxurrada de ataques ao Escola Sem Partido tem sido visível e sem precedentes. Claro: os doutrinadores estão apavorados com a reação que finalmente ocorre, após décadas de hegemonia tranquila. Nossa resposta completa virá em forma de livro, que estou terminando esse mês com Miguel Nagib e deverá ser lançado no primeiro trimestre de 2017 pela Record. Aguardem…

Rodrigo Constantino

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