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Editorial do NYT parece culpar Partido Republicano pelo massacre em Orlando e omite Islã
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O “The New Your Times” é o jornal preferido dos “isentões”, daqueles que se julgam imparciais e esclarecidos mas, no fundo, são esquerdistas até o último fio do cabelo. São os mesmos que assistem a CNN e acham que ali encontram jornalismo isento e imparcial. Posso até imaginar um Caio Blinder da vida abrindo o NYT toda manhã e achando que, com tal leitura, é o sujeito mais bem informado do mundo.

Pois bem: no editorial desta quarta, o jornalão americano insinua que a culpa do massacre em Orlando é do Partido Republicano e da homofobia. Nas mais de 600 palavras, não há menção de Islã ou sequer Estado Islâmico uma só vez. O jornal afirma que a “motivação precisa” do atentado permanece obscura, apenas para dizer em seguida que tem ligação com o ódio aos gays. Isso levando em conta que o atirador ligou para a polícia e expôs seu motivador: era pelo califado islâmico. Poderia ser mais preciso? Diz o jornal:

Embora a motivação precisa para a fúria ainda não esteja clara, é evidente que o Sr. Mateen foi impulsionado pelo ódio contra gays e lésbicas. Os crimes de ódio não acontecem num vácuo. Eles ocorrem quando a intolerância é permitida, onde as minorias são vilipendiados e onde as pessoas são bodes expiatórios para ganho político. Tragicamente, este é o estado da política americana, impulsionado frequentemente por políticos republicanos que vêem preconceito como algo a explorar, não extinguir.

Uau! E isso é jornalismo? Imparcial? O maluco, registrado no Partido Democrata, ligado ao fanatismo islâmico, que mata em nome do califado, que possivelmente era também gay, que pretendia matar inocentes, inclusive crianças, na Disney, de repente se torna um resultado do “discurso de ódio” dos republicanos! Honestidade intelectual mandou lembranças.

O editorial ainda aproveita para puxar o saco de Obama e Hillary, como símbolos de políticos que entenderam a importância da luta e dos “avanços” dos movimentos LGBT, e depois ataca os conservadores, que ficam “histéricos” com a questão dos banheiros para transexuais. Vi uma boa outro dia sobre isso: Kennedy decidiu mandar o homem à Lua; Obama decidiu mandar o homem ao banheiro feminino! Fica melhor em inglês, com rima:

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O triste é que muita gente ainda não se deu conta de como a esquerda americana avançou nos Estados Unidos. O Partido Democrata não é mais o mesmo. Foi-se o tempo em que a esquerda americana era a direita brasileira. Kennedy deixou saudades, não tem mais nada a ver com os líderes democratas, com Obama ou Hillary Clinton, menos ainda com o socialista Bernie Sanders, que passou sua lua de mel na União Soviética. Expliquei bem isso nessa resenha de JFK: conservative, de Ira Stoll.

Há uma crescente radicalização da esquerda americana nos últimos anos, e a mídia “mainstream”, com claro viés de esquerda, vem acompanhando essa trajetória. A MSNBC, o canal da Microsoft, é literalmente como um Vermelho.org no Brasil, um antro de socialistas. A CNN e o NYT são “progressistas” cada vez mais radicais, que endossam a “marcha das minorias oprimidas” com uma vontade incrível.

Num cenário desses, alguém estranha o sucesso da Fox News ou de Donald Trump? É uma clara reação ao que a imprensa e a política esquerdistas têm imposto aos americanos. Mas a maioria tem a ideia de que é a Fox News a radical e parcial, não as demais. Claro: isso já é um resultado da lavagem cerebral invisível da esquerda, que foi bem-sucedida nessa revolução cultural.

O editorial do NYT é uma vergonha em todos os sentidos. Do ponto de vista jornalístico, é medonho. Deixa de fora informações essenciais sobre o assassino e o massacre, usurpando dos seus leitores o direito de ter uma noção melhor do que ocorreu. Tudo em troca de uma agenda ideológica e política. E muitos caem nessa, repetem por aí tais falácias, sem muito critério, sem muita reflexão, e sem a menor chance do contraditório. Até porque acham que assistir a Fox News já é coisa de bitolado racista e idiota. Quem são os idiotas, afinal?

Rodrigo Constantino

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