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Ele se gabou de ter batido num fã negro de Trump. Ele desafiou a polícia a prendê-lo. Ele foi atendido.
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Na “marcha das minorias oprimidas”, o denominador comum é o ataque ao homem branco heterossexual. Mas dentro dessa visão identitária que esquece a menor minoria de todas, o indivíduo, a coisa sempre complica quando alguém das supostas minorias está no lado “errado” da equação. A esquerda tem muita dificuldade de encaixar negros, mulheres e gays conservadores em sua narrativa.

Se um homem branco feminista bate numa mulher conservadora, por exemplo, dá tilt na esquerda. Se um homem branco “anti-fascista” espanca um negro conservador, dá bug na cabeça dos esquerdistas. Eles simplesmente não conseguem lidar com esses casos, assim como fingem que gente como Thomas Sowell e Walter Williams, pensadores negros que condenam a esquerda, sequer existem.

Mas esses casos de violência de “representantes das minorias”, mesmo que tenham o perfil da elite, contra as efetivas “minorias” são frequentes. A mídia mainstream precisa fazer de tudo para ignorá-los, de modo a manter sua narrativa. E nessa semana mesmo tivemos mais um caso, que o leitor do NYT e o telespectador da CNN dificilmente ficará sabendo.

Em Laguna Beach, na California, um esquerdista bateu num negro defensor de Trump. R.C. Maxwell estava tentando dialogar com membros da Antifa, grupo que se diz anti-fascista enquanto adota os mesmos métodos dos fascistas, quando levou um soco na cara. “Se eu fosse do Black Lives Matter e fosse atacado por algum defensor de Trump, eu estaria agora sob os holofotes da CNN”, desabafou o rapaz.

Como ele foi cercado e agredido por um grupo radical de esquerda, e como ele defende o governo Trump, a grande imprensa simplesmente finge que ele não existe. Mas o ocorrido virou notícia, ao menos para a mídia local, por conta do que aconteceu em seguida. Alguns dias depois da agressão, um homem se identificou como o agressor no Twitter, admitindo ter dado o soco em Maxwell.

Não foi para pedir desculpas ou reconhecer algum erro. Foi para alegar que Maxwell deveria parar de defender Trump. Ou seja, para reforçar a tentativa de intimidação. E quando um usuário do Twitter pediu sua prisão pela confissão do crime de agressão, o agressor desafiou: “Prenda-me”. Bem, o rapaz branco de 20 anos, Richard Losey, foi preso na terça de noite, conforme havia “pedido”.

Já Maxwell explicou o motivo de ser alvo da extrema-esquerda: “Eu acho que o fato de ser um conservador negro causa muitos problemas para o lado esquerdo, porque não há como eles realmente resolverem isso de acordo com a narrativa do que eles pensam que os defensores de Trump são, então eu acho que isso foi um pouco um gatilho para o outro lado”. Ele acrescentou: “Eu estava recebendo muitos comentários específicos do tipo ‘você é um vendido’, um ‘Uncle Tom'”.

O termo é usado para se referir a negros subservientes aos brancos opressores, com base no personagem de Harriet Beecher Stowe de 1852. Essa é a única forma de “resolver” a questão das “minorias” que fecham com a “maioria opressora” dos homens brancos “malvados”. Como pode um negro que não idolatra o esquerdista Obama, preferindo Trump? É um traidor! É um vendido! É um capacho dos opressores!

Só não pode ser um indivíduo que, de forma legítima, rejeita as bandeiras esquerdistas e abraça o conservadorismo. Isso é simplesmente impensável e inaceitável. E toma outro soco para calar a boca!

Rodrigo Constantino

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