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Por Hiago Rebello, publicado pelo Instituto Liberal

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Pense em sua vizinhança, nas pessoas que conhecia perto de sua casa, em seu bairro, em sua rua, ou quem sabe até mesmo em sua antiga escola ou faculdade. Pense no ambiente em que brincou e nos lugares a que ia, nos campos de futebol, nas praças, nas ruas.

Esse ambiente, essas pessoas, esses laços importantes que construíram nossas vidas, contatos e personalidades, para muitas pessoas não existem mais. Para muitos, até suas casas foram violadas, então nem o ambiente em que jogavam videogames ou assistiam à televisão é mais seguro ou retém memórias que não serão negativas. Seu ambiente sagrado de sua infância foi destruído, sua liberdade de ir e vir foi controlada, mas não por qualquer poder estatal: foi controlada pelo crime, pelo poder de homens armados que não têem pudor em estuprar, torturar e matar. Sua vida, os lugares que têm seu carinho e amor, foram postos abaixo por sujeitos que podem te eliminar, enclausurar, que podem te roubar, molestar.

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Agora, imagine esses criminosos, com todo esse controle, decidindo o que é certo e o que é errado em sua comunidade, e sem nenhuma punição. Pense nesses crápulas mandando e desmandando em você, em seus filhos, em seus parentes, conhecidos e amigos – conceba-os mandando até mesmo na polícia!

O poder que detêm é o poder de resolver até mesmo disputas e problemas internos de onde você mora. Ali, por conta de seus fuzis, eles são a lei. A força é a pena que possuem; seus gatilhos são a diplomacia e a droga que vendem para seus sobrinhos e primos mais novos é o poder econômico que você nunca terá.

Mas para que imaginar isso? Não é improvável que você, leitor, viva ou tenha vivido isso; não é difícil imaginar que uma boa quantidade dos meus leitores, ao menos, já tenha presenciado isso na vida de outras pessoas, ou até mesmo em uma localidade próxima de onde vivem. De fato, posso até fazer a pergunta: quantas pessoas conhecidas suas morreram por causa desse cenário? O que você já perdeu ou sabe que vai perder?

Os criminosos só governam bairros ou regiões inteiras por um único motivo: tiveram o aval para isso – e não apenas o aval de um sistema jurídico incompetente, uma constituição imbecil e uma polícia corrupta: a permissão foi dada pelos governos.

Tudo isso que você já viu alguém perder ou já perdeu só ocorreu porque certas pessoas erradas, mas nos lugares certos para fazer esse mal, tiveram o poder em suas mãos. Bandidos mandam e desmandam onde você cresceu, morou ou mora por esse motivo. Drogas são vendidas nas ruas onde você brincava; uma esquina onde gostava de passar tempo e conversar com seus amigos virou uma boca de fumo; no seu antigo campo de futebol agora jogam traficantes e seus filhos, jogam pessoas que vão influenciar os filhos que você pode estar criando agora, podem influenciar seus netos, sobrinhos e enteados – podem? Não, não podem, vãoinfluenciar. Seu filho pode provar cocaína durante a adolescência e talvez você não possa fazer nada a respeito.

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Você é cuspido na cara diariamente. Um cuspe do traficante, outro do político. Não pense, porém, que as cuspidas param por aí. A classe universitária também cospe em você. Para eles, criminosos em geral e traficantes só fazem o que fazem por conta da abstração ridícula do que chamam de “culpa social”. Eles não são os últimos e primeiros culpados, mas sim a sociedade, o sistema, ou seja, você, no final nas contas; seu estilo de vida, o modo como enxerga o mundo, suas noções de certo e errado, suas crenças. Tudo isso é posto abaixo dentro de uma gama enorme de estudos de ciências humanas. Um cuspe tem o cheiro de maconha, do tráfico; outro tem cheiro de caviar, do político; o último tem cheiro do café vendido nos blocos de uma universidade qualquer.

A sociedade opressora, no entanto, é a que sofre com os crimes dos oprimidos que insistem em assaltá-la. Os pobres oprimidos não cansam de invadir casas, sequestrar, matar, traficar armas e drogas, trocar tiros uns com os outros e cometer um “estuprinho” de vez em quando (parcialmente financiado pelas drogas que feministas consomem nas universidades) – mas o culpado, o monstro, é o que chamam de “sociedade”.

Mas a verdade é que essa sociedade é a verdadeira dilacerada e traumatizada pelo crime. Ela muda seu padrão de moral, muda sua conduta, se adapta ao banditismo, ao poder de governo local do tráfico. O traficante assume o papel de promotor, juiz, jure, prefeito, governador e presidente. Ele tem o moral para isso.

Mas eis que, em 2018, chegam as eleições, e, com elas, a reação em massa do povo sofredor, dos oprimidos de verdade, aqueles que não são agraciados pelas teses filhas de Paulo Freire, Foucault, Bourdieu, Marcouse, Derrida e Deleuze. Chega a tradução da realidade dura, nua e crua que cada brasileiro normal vive, quando não é drenado pelo ambiente riquinho de certas cidades, ou quando seu cérebro não foi impedido de ver o óbvio, dentro de algum curso de humanas. O povo grita por justiça, o verdadeiro povo implora para que se parem essas cuspidas que recebe diariamente – e o povo já escolheu seu candidato.

Um candidato que conseguiu condensar todo o patriotismo existente da nação; alguém que foi quase morto pelo em que acreditava e, com isso, passou pelo que muitos já passaram e a que muitos não conseguiram sobreviver para contar a história; alguém que trouxe esperança real, concreta; um sujeito que levará a ordem para dentro do inferno brasileiro, paz para dentro de comunidades assoladas pelo crime. Jair Bolsonaro chegou como um trator contra quase tudo que há de errado em nosso país.

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Entre alguém que defende a polícia e as forças armadas para manter a ordem e outros que, em nome do sentimentalismo romântico e infantil da “não-violência”, preferem usar palavras soltas e vazias como “democracia”, “diálogo”, para tentar solucionar um problema que só pode ser solucionado na base da força; a razão, a honestidade, a justiça, demandam que não tenhamos a ousadia e a burrice de escolher outro que não acabe com esse mal na nação.

Ou é Jair Bolsonaro, ou é o caos, a violência; ou é o capitão do exército, ou são amantes de ditaduras no poder; ou é o esfaqueado, ou é o esfaqueador; ou é o bruto que odeia o crime, ou são aqueles que fazem vista grossa para criminosos; ou é alguém que defende a propriedade privada, ou aqueles que querem invadi-la de acordo com suas agendas ideológicas; ou é o candidato honesto, ou aquele que promete soltar um bandido da cadeia e que quer ser o fantoche dele. Ou nós, ou eles.

Escolha, caro leitor.