Marginal disfarçado de manifestante ataca agência bancária. Fonte: Folha| Foto:

Burgueses filhinhos de papai, que jamais arrumaram o próprio quarto, querem “salvar o mundo”. E como exatamente? Gritando “Fora Temer” nas ruas, para defender o PT, enquanto jogam pedras na polícia e depredam tudo em volta. Esses vagabundos criminosos que a imprensa insiste em chamar de “manifestantes” perderam qualquer elo com a realidade, pensam lutar em nome do povo trabalhador, mas esse está do outro lado, levando pedradas.

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Vinicius Mota foi direto ao ponto em coluna hoje na Folha, o mesmo jornal que dá destaque, em sua capa, aos “manifestantes” que seriam pacíficos, mas cujas “manifestações” terminam sempre em pancadaria, talvez por culpa da polícia. Diz Mota:

De cada 100 policiais militares brasileiros, 49 declaram-se pretos ou pardos. Um soldado paulista ganha menos de cinco mínimos mensais. Já protestos de esquerda têm menos pretos e pardos. A renda do militante supera a de uma família chefiada por um soldado PM e, por muito, a de um lar brasileiro típico.

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A elite vermelha pretende falar em nome da maioria da população, mas está distante dela. Policiais, desafiados nas ruas a cada manifestação, estão mais próximos da rotina das classes trabalhadoras.

Ninguém se iluda com críticas furiosas da esquerda ao menor sinal de excesso na repressão. A preocupação com a integridade das pessoas —somente das que se chocam com a polícia, nunca das que são vítimas da brutalidade militante— é mero pretexto de uma disputa de poder.

O PT, autoritário até o último fio de barba comunista, fez uma “autocrítica” de seus erros, e concluiu que faltou aparelhar mais o estado, as Forças Armadas. Se pudesse, faria o mesmo com a polícia: seria toda ela vermelha, com estrelas no peito, servindo ao ideal comunista. Mota chama isso de “delírio autoritário”, e sabemos que o “partido” estaria disposto a usar tal força contra o povo que ousasse se manifestar de verdade, de forma pacífica, como seu camarada Maduro faz na Venezuela, reprimindo com violência a população.

Tudo nessa esquerda jurássica é hipocrisia, cinismo, inversão. São canalhas, que encontram na política sua religião e estão dispostos a aderir a uma “violência redentora”. Se os comunistas justificam a morte de cem milhões de inocentes em busca da utopia, os petistas nada sentem diante de 12 milhões de desempregados na busca pela “justiça social”. Mota conclui:

A esquerda brasileira, da velha e da nova geração, não sepultou a violência política. Nas derivações subletradas do marxismo de hoje, o culto da revolução —o banho de sangue que abriria caminho para o mundo pacificado— deu lugar ao prazer estético da depredação e do confronto provocado com a polícia.

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O comitê central circula os alvos: empresários, imprensa, parlamentares, procuradores e juízes são atingidos dia e noite pela acusação de “golpistas”. As tropas de assalto nas ruas entendem o recado e partem para a ação. Dilma Rousseff pronuncia a fatwa e vai morar em Ipanema.

O professor Denis Rosenfield, em coluna no GLOBO, celebra o fim da era petista e destaca a insensibilidade dessa gente, a falta de noção, nas palavras da senadora Kátia Abreu, pedindo impunidade a Dilma alegando que ela não teria como viver apenas com R$ 5 mil da aposentadoria, sem trabalho. Aqui revela que trabalho, pela ótica dessa turma, é só cargo público, e mostra distanciamento em relação ao povo. Quantos policiais ganham mais do que R$ 5 mil mensais? Diz Rosenfield:

Um exemplo particularmente ilustrativo foi o de uma senadora que produziu uma esquisita “justificativa”, a de que a presidente não deveria ser inabilitada para o exercício de cargos públicos por não poder viver com um rendimento de R$5.000. O discurso foi piegas e teve como suposto argumento o de que a condenação, se não fatiada, seria uma “injustiça”. Estranha noção de injustiça.

O absurdo é visível: uma criminosa por responsabilidade fiscal, responsável pela maior crise recente da história brasileira, com o país arruinado, estaria sendo tratada “injustamente”. Nem uma palavra sobre os milhões de brasileiros que tiveram redução salarial ou lutam para sobreviver e para quem viver com R$ 5.000 reais seria um sonho. Estes sim foram tratados injustamente pelo conjunto da obra petista e, em particular, pela presidente que ora se afasta.

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A inversão é total: a responsável por esta calamidade não deveria ser injustamente responsabilizada! A ex-presidente Dilma, se possui problemas econômicos, poderia procurar emprego nas empresas favorecidas por seu governo. Deveria, isto sim, ser por elas recompensada, graças aos lucros que viabilizou. Empreiteiros poderiam empregá-la, claro que, agora, sem o pagamento de propinas, que irrigava os seus cofres. Deveria ser contratada por sua “competência” administrativa.

O mesmo valeria para alguns bancos que eram recebidos no Palácio do Planalto com tapete vermelho e indicavam ministros da área econômica. Os seus dirigentes eram tratados com o maior esmero. Seria, aliás, o momento da retribuição e da recompensa. Injusto é o contribuinte pagar por mais esta falta de decoro de senadores, comprometidos com salvar a cara da corrução petista e da ruína produzida pela ex-presidente Dilma.

Pois é. Mas os filhinhos de papai jogam pedras em agências bancárias, dos bancos que apoiavam Dilma e o PT! São imbecis? Ou apenas cafajestes, hipócritas, dissimulados? Quem realmente ainda acredita que ir às ruas gritar “Fora Temer” enquanto enfrenta policiais é um ato de justiceiros sociais em defesa dos pobres é mesmo um completo alienado, um ser lobotomizado incapaz de raciocinar, um idiota útil manipulado pela elite vermelha, a mesma que se lambuzou no poder com os banqueiros e empreiteiros enquanto ferrava com a vida dos pobres trabalhadores.

Rodrigo Constantino

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